Davi e Marcão em lados opostos no Desafio das Ligas (Foto: Daniel Ramalho/Divulgação)
Neste sábado, Davi, do Basquete Cearense, e Marcão, do Palmeiras, estarão em lados opostos da quadra.
Rivais no Desafio das Ligas de Basquete 3 x 3, o armador da equipe nordestina e o pivô palmeirense podem até não se enfrentar pelas quartas de final caso suas equipes não se classifiquem, mas no começo de junho eles estarão lado a lado novamente.
Desta vez vestindo a mesma camisa. A dupla representará o Brasil no Mundial da modalidade, de 3 a 9 de junho, na Rússia, ao lado dos especialistas no assunto Gustavo Bracco, número 1 do ranking brasileiro, e Douglas Motta, terceiro melhor do país.
Apesar de nunca terem jogado juntos, Marcão e Davi apostam numa boa campanha brasileira no Mundial da modalidade. Jogadores do NBB, mas apaixonados pelo 3 x 3, a dupla reconhece que o tempo para a equipe se preparar será curto devido ao calendário da principal competição nacional do país.
- Vamos nos apresentar no dia 31 de maio aqui no Rio de Janeiro e teremos apenas três dias para nos prepararmos antes da viagem para a Rússia. Eu sempre joguei o basquete 3 x 3, mas atualmente é um pouco mais difícil conciliar por conta do NBB.
Joguei o World Tour (principal competição de clubes da modalidade) em 2012 e fiquei na oitava colocação. Mas o Mundial é sempre mais complicado, no último, por exemplo, tinham atletas que já tinham disputado as Olimpíadas no basquete tradicional – disse Marcão.
Com menos tempo de quadra no basquete 3 x 3 do que o futuro companheiro, Davi é mais otimista. Responsável direto pela vitória do Basquete Cearense sobre Bauru na última bola graças a uma malandragem, o armador destaca a dinâmica do jogo e acredita que o Brasil tem tudo para fazer bonito na Rússia.
- Sabemos que será complicado, mas vamos para brigar pelo título. Eu não pratico o 3 x3 há muito tempo, mas já participei de alguns torneios oficiais e hoje sou o nono do país. Por isso conquistei o direito de representar o Brasil no Mundial.
O grande barato da modalidade é ter essa dinâmica que acabou fazendo eu me aproveitar de uma bobeira do Bauru no primeiro jogo para garantir nossa vitória. Apesar de nunca termos jogado juntos, acho que não vamos ter problemas de entrosamento porque são jogadores inteligentes e acostumados com o jogo – afirmou Davi.
Com regras diferentes, mas o mesmo conceito do basquete, o 3 x3 vem ganhando cada vez mais adeptos ao longo dos anos e já desperta em Davi o sonho de que a modalidade um dia se torne esporte olímpico. Aos 21 anos, o jogador da equipe cearense ainda prefere investir no basquete convencional, mas não descarta uma mudança de planos no futuro.
- A modalidade pegou, vem crescendo muito rápido e acredito que muitos jogadores que pensavam em abandonar a carreira possam esticar um pouco mais no 3 x 3. Mas também já existem muito garotos migrando cedo para a modalidade.
É uma decisão difícil de ser tomada para nós que jogamos na quadra, mas se o 3 x 3 continuar crescendo desse jeito eu não vejo problema nenhum em mudar também. Até pelo prazer que ele proporciona para quem joga – explicou Davi.
6681 visitas - Fonte: GE