O Palmeiras já não conta com os R$ 54 milhões que seriam provenientes de um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) por meio do Banco Votorantim. A informação foi confirmada ao UOL Esporte pelo presidente do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), Alberto Strufaldi. Por meio de sua assessoria de imprensa, por sua vez, o clube informou que "a diretoria executiva não comentará o assunto".
A primeira previsão indicava que o time receberia o montante em dezembro, mas uma ação judicial envolvendo a dívida em relação à compra de Wesley, em 2012, do Werder Bremen, da Alemanha, travou o andamento do processo. Na Justiça, a dívida estava avaliada em R$ 21 milhões inicialmente, mas um recurso palmeirense bem sucedido fez com que a dívida diminuísse para R$ 6,5 milhões.
Com esse FIDC, o Palmeiras teria dinheiro emprestado a juros mais baixos que o normal do mercado e cinco anos para saldar a nova dívida. Embora o cenário seja negativo, o presidente Paulo Nobre e seus diretores não jogaram a toalha definitivamente. Apenas preferem não contar com a verba, já que não há garantias de que ela sairá.
Agora, sem poder receber a verba, o Palmeiras iniciará uma nova forma para poder lidar com suas dívidas. Uma reunião do COF com o presidente Paulo Nobre na noite da última segunda-feira definiu que um novo plano de contenção de gastos e de aumento de receita será traçado.
"O cenário mudou e a gente não vai mais esperar esse FIDC. Na verdade, isso não ia resolver muita coisa. A gente precisa entender que o cenário mudou. A reunião de ontem [segunda-feira] serviu para o presidente nos mostrar o que temos de dívidas e como vamos resolver isso. É conter gastos e aumentar receitas", disse Strufaldi por telefone.
Um dos meios de aumentar receita seria a possibilidade do Palmeiras fechar um contrato de patrocínio máster com a Caixa Econômica Federal. O assunto segue travado pelo fato do Palmeiras não ter a certidão negativa de débitos, requisito mínimo para que dinheiro público seja investido em qualquer empresa. Strufaldi afirmou que para esse assunto também não há previsão de andamento.
O contrato de Wesley é válido até fevereiro de 2015, mas a dívida do Palmeiras com o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni – o dirigente foi avalista na contratação do volante, ainda na gestão de Arnaldo Tirone – é algo que incomoda a diretoria alviverde e coloca a permanência do jogar em xeque. Angeloni move ação judicial contra o clube paulista, cobrando R$ 15,3 milhões.
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