Cobiçado por Palmeiras e Santos, meia da Chape diz: 'Meu telefone não para'

Há quatro anos na Chapecoense, a vida de Hyoran sofreu uma grande transformação recentemente. Titular do time nas últimas cinco partidas, o meia de 23 anos não teve sossego. Seu telefone não parou de tocar. Atrás dele gigantes do futebol brasileiro, como Palmeiras, Santos e Fluminense, interessados em contratá-lo.



O momento parece ser oportuno para ambos os lados. Hyoran tem contrato até o final de maio de 2017, assim negociá-lo neste momento significa obter algum lucro, uma vez que a partir de de dezembro ele já poderá assinar um pré-contrato com outra equipe.



Além do interesse dos três clubes, o ESPN.com.br apurou que clubes de Portugal e Espanha também fizeram contato com o estafe do atleta. O valor da multa rescisória gira em torno de 4 milhões a 6 milhões de euros (algo entre R$ 14 milhões e R$ 21 milhões).



O futuro, no entanto, não tira o foco do meio-campista. Apesar de admitir o assédio por telefone, ele disse à reportagem que deixa esses assuntos com o estafe dele.



"Chegou ao meu conhecimento [o interesse de outros clubes]. Empresários já me ligaram, mas eu estou bem tranquilo em relação a isso e buscando fazer meu melhor na Chapecoense", disse Hyroran. "Essas coisas que aparecem deixo para o meu empresário resolver. Confio nele. Sei que ele é abençoado por Deus e vai me ajudar muito na carreira. Estou tranquilo e focado para fazer um bom Brasileiro"



PACIÊNCIA PARA SER TITULAR



Natural de Chapecó, ele fez as categorias de base no Corinthians e foi emprestado ao Flamengo de Guarulhos. Chegou até mesmo a largar o futebol por um tempo, mas em 2013 foi para a Chapecoense. Sua estreia no profissional foi em 2014, quando fez quatro partidas. No ano seguinte foi eleito o jogador revelação do Campeonato Catarinense e participou de outros 38 jogos.



Titular no começo do ano com Guto Ferreira, ele voltou para a eserva com a chegada de Caio Júnior e precisou esperar novamente uma oportunidade. Ela veio contra o Atlético-PR, em 21 de julho, quando o meia entrou em campo aos 8 minutos do segundo tempo. Depois disso, não saiu mais do time.



"Há muitas coisas que envolvem essa mudança. Já é meu terceiro ano na Série A. Isso me deu um ganho de experiência. Quando o Caio Júnior chegou, eu tive de esperar minha oportunidade para jogar. Trabalhei forte. Quando ele me deu a oportunidade, eu busquei aproveitar da melhor maneira. Sabia que tinha capacidade de jogar e busquei evoluir em cada jogo. E com o apoio dos meus familiares, do Caio Júnior, do grupo que trabalha com o Caio, que pude ter essa sequência e fazer bons jogos", disse o garoto.



O próprio Hyoran julga que vive o melhor momento na carreira. Com 26 partidas na temporada, ele tem quatro assistências e quatro gols, sendo que um deles foi de falta no empate contra o Flamengo por 2 a 2.



"Fico feliz pela minha evolução. Desde que subi ao profissional tenho evoluído mentalmente, fisicamente e em experiência também. Gols são frutos disso. Desse trabalho, dessa evolução que venho tendo. Sei que tenho muito a melhorar. Buscando um trabalho especifico. Treino muito bola parada, falta. Sempre que tem oportunidade gosto de fazer gol e dar assistência."



"Eu não gosto muito de botar metas para mim, mas sempre procuro ver meus jogos, assistir aos vídeos e ver no que posso melhorar. Vejo a sequência que venho tendo agora e sei que posso melhorar. Quem sabe chegar a dez assistências e a dez gols. Primeiramente vou buscar ajudar o grupo. É importante estar jogando, ser participativo".



Mesmo que troque a Chapecoense por outro clube, Hyoran deve continuar na equipe. Isso porque ele já completou mais de sete jogos no Campeonato Brasileiro - limite para poder defender outro time na mesma competição.



Quem acompanha e vive com o jogador crê que a saída deve ser concretizada mesmo no final do ano, mesmo que a venda ocorra agora - o que veem com grande possibilidade.