Amaral e os veteranos do Comercial durante confraternização em Mogi das Cruzes (Foto: Petterson Rodrigues)
O jeito é o mesmo: boa conversa e muita história para contar. Alexandre da Silva Mariano, o Amaral, continua jogando bola, mas só por diversão.
Aos 42 anos, em visita a Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, ele participou de um jogo festivo entre os masters do Palmeiras e o time da cidade, o Comercial, em comemoração aos 83 anos do clube mogiano.
Ídolo da torcida palmeirense, clube pelo qual foi campeão brasileiro em 1993 e 94, além de ter conquistado outros três títulos paulistas, o ex-volante também atuou no rival Corinthians, Vasco da Gama, Parma, Benfica e muitos outros times, até se abandonar os gramados em 2013.
Aposentado, o ex-jogador vai lançar um livro: "As pérolas de Amaral", onde registrará toda sua trajetória no futebol e o começo difícil da carreira.
- Estamos escrevendo. Vai contar a minha vida, que foi bastante sofrida. E a partir daí eu consegui jogar na Europa, na Seleção e ganhar títulos. O livro vai falar da minha vida no futebol - contou, sem antecipar mais detalhes.
Com a camisa brasileira, Amaral jogou entre 1995 e 1996 e disputou os Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Além do livro, o ex-volante vem ocupando o tempo nos últimos meses com a realização de palestras em escolas e empresas.
- Faço palestras para crianças carentes e para empresas que me contratam para falar da minha experiência de vida, que é muito grande, por ter passado por vários clubes e ter vindo de baixo.
Conhecido como "coveiro" por ter trabalhado em um cemitério em Capivari, sua cidade natal, Amaral é um personagem carismático do futebol brasileiro.
O ex-volante contou uma passagem que estará na sua biografia, quando viajou pela primeira vez de avião, quando ainda era atleta do Palmeiras no início da década de 1990.
- Na minha primeira viagem de avião, na hora de comer, meus companheiros me disseram que era preciso pagar a bebida. Eu não tinha dinheiro, só cartão.
Aí me disseram que tinha caixa eletrônico no fim do corredor do avião. Peguei minha carteira na bolsa e fui até lá, mas não tinha nada. Perguntei para aeromoça e ela sem jeito me explicou que não tinha caixa eletrônico e não tinha que pagar nada durante a refeição - recordou.
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