Gabriel Jesus se mostrou versátil quanto ao posicionamento no ataque (Foto: Ale Vianna/Eleven/Estadão Conteúdo)
Ponta aberto pelos lados, centroavante, falso 9... O posicionamento de Gabriel Jesus no setor ofensivo tem gerado dúvidas e comentários, especialmente após a confirmação da ida dele para o Manchester City em 2017, o ouro olímpico e a primeira convocação para a Seleção principal. O artilheiro do Campeonato Brasileiro tem se mostrado versátil de acordo com as opções técnicas. É um camaleão, capaz de se adequar às condições em que é colocado.
No Palmeiras, sob o comando de Cuca, ele chegou a 10 gols na competição nacional jogando centralizado. Foi dessa maneira que atingiu seu ápice com a camisa alviverde e se firmou como protagonista da equipe. Prova disso é que se manteve como o goleador do Brasileirão mesmo após seis rodadas sem atuar, devido à disputa da Olimpíada.
Pela seleção brasileira olímpica, sob o comando de Rogério Micale, a mudança de Gabriel Jesus para a ponta esquerda foi fundamental para um melhor rendimento do setor ofensivo. Além de ajudar a tornar o meio-campo mais compacto, o jovem de 19 anos iniciou a marcação dos avanços dos laterais-direitos adversários e aumentou a liberdade de Neymar.
"Onde precisar de mim vou jogar. Não tenho preferência."
Gabriel Jesus, atacante do Palmeiras e da seleção brasileira
O dinamismo de Jesus foi, inclusive, motivo de elogios por parte do técnico Tite, que o convocou para defender a Seleção principal nas partidas contra Equador e Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O treinador deixou claro que Gabriel deverá disputar a vaga de centroavante, como vem jogando no Verdão.
– Jogando de nove, ele ficou esse tempo todo (fora pela Olimpíada) e permaneceu como goleador do campeonato. É um jogador que pode jogador pelo lado, mas de nove tem sido o goleador, com tamanha dificuldade no Brasileiro. Ali ele é potencializado – disse o treinador.
Futuro técnico de Gabriel, Pep Guardiola indicou que pode utilizá-lo como ponta. O catalão elogiou a movimentação do atacante "atrás da linha" e disse que ele tem "cheiro de gol". Há tempo para pensar na melhor tática para o Manchester City: Jesus seguirá no Palmeiras até o fim do Campeonato Brasileiro. Por enquanto, a decisão cabe a Cuca.
– Eu jogava de ponta antes do Cuca ser o técnico, ele me deu outra posição, estou à disposição dele. Onde precisar vou jogar. Não tenho preferência – disse Gabriel, em sua primeira entrevista coletiva após o retorno ao Palmeiras.
Os antecessores de Cuca, Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira, preferiam utilizar um centroavante de referência, como Leandro Pereira, Barrios e Alecsandro, com Gabriel Jesus aberto em uma das pontas e Dudu na outra. No momento, além do próprio Dudu, Cuca conta com Róger Guedes e Erik para atuar desta forma, deixando o artilheiro mais livre para criar no meio.
Na Seleção olímpica, Gabriel Jesus atuou como ponta e foi fundamental pelo bom desempenho
No Palmeiras, chegou à artilharia do Campeonato Brasileiro atuando centralizado, mais livre
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