Gabriel Jesus, o santista Gabigol e Neymar surgiram com visual, digamos, inusitado após conquistarem o ouro para o futebol masculino no Rio. Eles descoloriram a barba. A ideia inspirou o zagueiro palmeirense Vitor Hugo a ousar: vai imitar o trio caso o clube siga na liderança do Campeonato Brasileiro até o fim e fique com o título.
O desafio do camisa 4 em busca da barba “loira” passa por mais um obstáculo a partir das 16h de hoje, contra o Fluminense, no Mané Garrincha, em Brasília. Será o 21 jogo do defensor no torneio (todos como titular), o primeiro desde a promessa assumida.
“Estou tentando ser campeão brasileiro, vamos ver se dá para cumprir. Se conseguir, eu vou descolorir a barbixa igual o Gabriel Jesus fez. Vou falar com os caras aí. Se for campeão brasileiro, tudo pode acontecer”, brincou o zagueiro, em papo com o DIÁRIO.
E pensar que, no começo da temporada, nem sequer passava pela cabeça do beque ver o time na ponta da tabela. Isso porque o Palmeiras apresentava más atuações sob o comando de Marcelo Oliveira. Caiu de forma precoce na fase de grupos da Libertadores e viu o treinador ser demitido. Nem Vitor Hugo imaginava a fase atual.
“De jeito nenhum, pensava nessa virada. O professor Cuca falou, após as quatro derrotas seguidas, que nosso time ia chegar forte no Brasileiro. É o que está acontecendo. Acreditamos no trabalho dele e as coisas vêm acontecendo naturalmente”, explicou o defensor, homenageado com o elenco campeão da Copa do Brasil de 2015 na festa de aniversário do clube, quinta-feira à noite.
Conquistando ou não o título brasileiro, com barba descolorida ou não, Vitor Hugo já está na história do Palmeiras. O gol sobre o Atlético-PR o fez chegar a 12 marcados. Ele já é o décimo zagueiro-artilheiro do Verdão.
“Surpreendeu demais! Espero continuar marcando, se possível ir lá na frente para fortalecer ainda mais essa marca”, falou o palmeirense, que completou 100 jogos pelo clube no empate contra a Ponte Preta.
Novidades/ Para o 101 jogo de Vitor Hugo, seu parceiro de zaga será alterado novamente. Mina volta ao time, recuperado de lesão. O que muda? O próprio beque responde.
“Não muda meu jeito de jogar, mas atrapalha um pouco porque cada um tem sua característica, seu jeito de jogar e atrapalha no posicionamento. O Mina tem um poder ofensivo que ajuda muito a gente”, disse o paranaense de Guaraci.
Nesse jogo, o goleiro Vagner não foi nem sequer relacionado, assim como o volante Matheus Sales. Gabriel Jesus, por sua vez, está de volta e Cuca preferiu esconder o substituto de Thiago Santos, suspenso.
entrevista: Vitor Hugo_ Zagueiro do Palmeiras: "Oferta de fora mexe muito com a cabeça"
DIÁRIO_ Como foi ser homenageado no aniversário de 102 anos do Palmeiras?
VITOR HUGO_ Ganhamos uma faixa, está em casa e vou fazer um quadro. Guardar de lembrança. Ô vontade de ser campeão para ser homenageado sempre!
É especial atingir 100 jogos?
Não deu para comemorar como eu queria, pelo empate com a Ponte Preta. Faz parte. Vamos continuar trabalhando aí para continuar dando mais alegria.
Você se vê como titular absoluto da equipe?
Não existe isso. É reconhecimento de trabalho. Costumo dizer que, em time grande, tem de matar um leão por dia, mas, no Palmeiras, como o elenco é bom, tem de matar dois.
Já se acostumou com o time desde a volta do Jesus?
Ainda não, mas está voltando. Tanto tempo longe, a gente nem lembrava como o moleque é bom. É bom demais! Faz tudo: parede, corre, dribla, gol e volta para marcar. Tem uma noção defensiva impressionante.
Com ele, é a hora de ganhar gordura na liderança?
Uma promessa que fiz para ele e o Fernando Prass, quando foram para a seleção, era deixar o time onde eles deixaram, na liderança. Deu certo. Ele voltou líder e ainda artilheiro. Ficou seis jogos fora e não perdeu isso. Agora, vai nos ajudar.
É um desafio encarar a melhor defesa do torneio?
O Fluminense é a melhor defesa, mas somos o melhor ataque. Vai dar uma briga boa. Um jogão!
É vantagem para o Palmeiras este jogo ser em Brasília?
É mais uma desvantagem do Fluminense do que vantagem nossa. O mando é deles, mas não totalmente em casa por não ser no Rio de Janeiro. E, em Brasília, o Palmeiras tem torcida grande. É impressionante.
Houve sondagens do exterior a jogadores do Palmeiras. Isso mexe com a cabeça do atleta?
Ah, oferta de fora mexe muito. Porque é totalmente diferente, o ambiente, a vida particular. Imagina o filho crescer aprendendo outras línguas? Sem falar na parte financeira, que é muito mais alta do que aqui. Faz parte do trabalho, do reconhecimento. Mas estou bem tranquilo.
Como a presença do Prass no dia a dia motiva o elenco?
É um cara diferenciado. Sou suspeito para falar porque sou fã dele. É um cara que me inspira a trabalhar, um exemplo de profissional que nos ajuda.
Sonha em ir para a seleção?
Dá para sonhar, rapaz. Sonhar, não custa nada. A gente trabalha para isso, um dia, ser um dos melhores do nosso país.
Atlético-MG, Corinthians e Santos são os rivais do Palmeiras na briga pelo título?
Não, ainda tem o Grêmio, que tem um jogo a menos... Tem mais times. Flamengo está bem, também. São uns seis times que vão brigar até o fim.
21942 visitas - Fonte: Diário de SP - Arthur
AVSNTE PORCADA ESTE ANO E TUDO NOSSO. W.R
o melhor zagueiro dos últimos tempo que vi jogar verdao
Vitor Hugo monstro