Renan teve boa atuação na meta do Botafogo (Foto: Celio Messias/LANCE!Press)
Alívio em General Severiano. Depois de três partidas de jejum (um empate e duas derrotas) e uma semana tensa, com protesto dos torcedores, o Botafogo superou o Palmeiras por 2 a 0 nesta quarta-feira, no Prudentão, em Presidente Prudente (SP), e amenizou um pouco a crise.
Cansado após maratona de viagens para sair de Chapecó (SC), o Verdão desperdiça a chance de voltar ao G4 e colar no líder Fluminense, e o Alvinegro sai ao menos temporariamente da zona de rebaixamento e espera os demais resultados da oitava rodada do Campeonato Brasileiro para saber se ainda estará com a corda no pescoço.
O JOGO
O Palmeiras dominou a partida no primeiro tempo, mas esbarrou na limitação técnica de boa parte da sua equipe. Sem Mendieta, lesionado, o interino Alberto Valentim escolheu Felipe Menezes para substitui-lo, com pouquíssima qualidade.
Diogo ficou perto em chute cruzado, e Marquinhos Gabriel falhou na hora do cabeceio cara a cara com o goleiro Renan, que substitui Jefferson, convocado para defender a Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
Com o mesmo time que empatara com o Vitória na rodada anterior, o Botafogo segue sem qualidade de jogo minimamente convicente. Ainda faltou futebol, parafraseando o técnico Vagner Mancini.
Assim como em outras partidas, Emerson foi um dos poucos a incomodar o Verdão. Teve impedimento mal assinalado em lance que William Matheus dava condição em jogada no ataque. Mas destacou-se mais pelas declarações no intervalo do confronto, quando já estava amarelado depois de se desentender com o zagueiro palmeirense Lúcio.
- Com ele é normal, porque ele é considerado no meio da galera como mau caráter. É um cara preconceituoso. Ele me chamou de gay, como eu fosse um monstro.
Antes de ir para os vestiários, o Alviverde ainda se queixou de dois pênaltis. Em uma suposta infração, cruzamento de Wesley parou nas mãos do lateral Lucas, dentro da área. Em seguida, Junior Cesar puxou e derrubou Diogo. Em ambas as vezes, o árbitro Heber Roberto Lopes mandou o lance seguir.
Na volta dos vestiários, o Fogão equilibrou mais a partida, e o Palmeiras continuou nas suas próprias (e limitadas) pernas. Em um dos raros lances de perigo dos cariocas, veio a vitória. Bolatti aproveitou rebote e vacilo de Wesley na marcação e fez o magro - e comemorado - 1 a 0.
O volante palmeirense, que voltou a jogar bem após atuações ruins, foi expulso aos 25 minutos do segundo tempo e enterrou de vez a capacidade criativa alviverde que poderia reverter o placar adverso.
Com o Palmeiras extenuado em campo e com Alberto Valentim demorando para utilizar das alterações para aliviar o cansaço, o Botafogo fechou o triunfo com gol de Zeballos após construção de Jorge Wagner em contra-ataque.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 X 2 BOTAFOGO
Local: Prudentão, em Presidente Prudente (SP)
Hora e data: 28/5/2014,
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC - FIFA)
Assistentes: Fabio Pereira (TO - FIFA) e Helton Nunes (SC)
Público/renda: 5.661/ R$ 173.770,00
Cartões amarelos: Bolatti e Emerson (Botafogo), Wesley (Palmeiras)
Cartão vermelho: Wesley, aos 25'/2°T
Gols: Bolatti, aos 16'/2°T (0-1) e Zeballos, aos 48'/2ºT (0-2)
PALMEIRAS: Fábio; Wendel (Rodolfo, aos 45'/2ºT), Lúcio, Marcelo Oliveira e William Matheus; Renato, Wesley, Marquinhos Gabriel (Chico, aos 32'/2°T) e Felipe Menezes (Bernardo, aos 39'/2°T); Diogo e Henrique. Técnico: Alberto Valentim.
BOTAFOGO: Renan, Lucas, Bolívar, André Bahia, Junior Cesar; Airton, Edilson e Bolatti (Rodrigo Souto, aos 37'/2°T); Zeballos, Wallyson (Jorge Wagner, aos 33'/2°T) e Emerson. Técnico: Vagner Mancini
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