Depois de perder para o então lanterna Chapecoense, o Palmeiras voltou a dar alegria para mais um time mergulhado na zona do agrião queimado.
Apesar de dominar a maior parte do jogo em Presidente Prudente (5.681 pagantes), o Periquito levou dois tiros do Botafogo (Bolatti e Zeballos) e ‘morreu' nos 12 pontos. A equipe carioca chegou aos oito e saiu do subsolo do Brasileirão.
Sob os olhares do ‘professor' Gareca, que ficou numa cabine, o time palmeirense criou boas chances, mas não soube aproveitá-las. Mais eficiente, o Botafogo não deu chance para o azar e carimbou o coirmão.
A vitória poderia ter sido mais folgada, mas o apito amigo de sua senhoria, o catarinense Heber Roberto Lopes, entrou em ação e anulou um gol de Emerson ‘Bitoca' no primeiro tempo (marcou impedimento).
Com a bola parada, o ex-corintiano e o zagueiro Lúcio proporcionaram momentos de amabilidade. A troca de gentilezas nos microfones foi exemplar. Teve de tudo: mau-caráter, gay, contrabando... Entre mortos e feridos, mais um triste capítulo na história da pátria de chuteiras.
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Pitacos da rodada. Tigre catarinense morde Coxa, dono de uma campanha muito equilibrada, com quatro empates e quatro derrotas - é o único ainda ‘virgem' no Brasileirão; Leão da ‘Ilha de Lost' e imortal Grêmio criam pouco, erram muito e morrem abraçados no ‘oxo'.
Sugismundo Freud. É melhor uma semana de repouso do que um minuto de silêncio.
Bem, amiguinhos. Calma, torcedor. Nada de desespero, de protesto. O legado positivo da Copa vai aparecer. É só uma questão de tempo. A garantia é do samaritano capataz Jérôme Valcke, operário padrão da mamãe Fifa. A herança do investimento de R$ 25 bilhões (mobilidade urbana, hotéis, aeroportos e comunicação) vai demorar só um pouquinho. Basta esperar até... 2018. São Tomé já está de prontidão, com uma faixa: ‘Quem espera sempre cansa'.
Zé Corneta. Pensando bem, há que se compreender Joanna Havelange (‘o que tinha que ser roubado, já foi'). É filha de Ricardo Teixeira e neta de Havelange.
Bem, diabinhos. A maré estava mesmo para peixe nesta quarta. Primeiro, Diego confirmou que deixaria o Atlético de Madrid, mas não voltaria ao aquário da Vila Belmiro por R$ 750 mil mensais. Recebera uma proposta melhor do Fenerbahce, da Turquia. Depois, a torcida ficou sabendo que Cícero estava de partida para o Fluminense. O negócio renderá R$ 3 milhões aos combalidos cofres do Peixe.
Dona Fifi. Cansado do tapetão, o presidente Flávio Zveiter não será mais candidato à reeleição no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
‘Mata-leão'. Há sempre o outro lado da moeda: Renan Barão levou uma surra de TJ Dillashaw, perdeu o título do UFC e uma invencibilidade de nove anos, mas engordou a poupança nossa de cada dia em US$ 124 mil (R$ 275 mil). Uma grana de fazer inveja ao pugilista Floyd Mayweather, que belisca somente US$ 32 milhões por combate.
Gilete press. De Arnaldo Jabor, no 'Estadão': "As placas nas ruas se sucedem: 'Abaixo a Copa!' 'Queremos uma vida padrão Fifa!' Como vão jogar nossos craques? Com que cabeça? Será possível ganharmos com este baixo astral, com a gritaria de manifestantes invadindo os estádios? Haverá espírito esportivo que apague essa tristeza? Antes, nas copas do mundo, éramos a pátria de chuteiras. Hoje, somos chuteiras sem pátria." A conferir.
Tititi d'Aline. A ordem é faturar. Vem aí o relógio Hublot Scolari. A joalheria Sara colocará no mercado apenas 50 peças. O mimo em homenagem ao ‘sargento' Felipão custará a bagatela de... R$ 80 mil.
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Bola de ouro. Miranda. Fora da lista principal do 'sargento Felipão, o zagueiro do Atlético de Madrid também está em baixa no mercado europeu. Apenas três clubes estão de olho nele: Chelsea, Barcelona e Manchester United. O café no bule chega a R$ 90 milhões.
Bola de latão. CBF. O Circo Brasileiro de Futebol é mesmo um guardião das chuteiras furadas: pouco se lixou para o pedido do Palmeiras, que queria adiar a partida contra o Botafogo. Atitude lamentável.
Bola de lixo. Antônio P.F.de Mello. O supimpa secretário municipal de Turismo do Rio se superou. Após admitir a falta de preparo da cidade para receber pessoas com deficiência durante a Copa, justificou que não é o público-alvo da festa. Depois, pediu desculpas.
Bola sete. "O Rio é uma cidade totalmente hostil para a pessoa com cadeira de rodas, surda ou cega. Não está preparada nem para seus próprios cidadãos" (de Teresa d'Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência - vergonha).
Dúvida pertinente. Sheik e Lúcio: profissionais?
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