[OFF] Glórias da Seleção inspiram artistas que usam boca ou pés para pintar

Quadros de pintores com deficiência serão expostos em São Paulo durante Copa do Mundo

Luciano dá os retoques finais no quadro de Garrincha (Foto: Reprodução/Facebook)



Dribles históricos, gols e momentos especiais da Seleção Brasileira estarão retratados em um exposição em São Paulo com artistas fantásticos pelas conquistas do Brasil em campo.



Da mostra "Amor ao futebol: A trajetória da Seleção Brasileira", que será aberta durante a Copa do Mundo, vão participar 11 pintores que, por serem portadores de deficiência, utilizam a boca ou os pés para transformarem em arte a união entre pincel, tinta e tela.



Um deles é o carioca Luciano Oliveira, de 27 anos de idade, que, em 2002, perdeu os movimentos dos braços e das pernas após escorregar em uma pedra na praia do Arpoador, Zona Sul do Rio.



Formado em jornalismo e artista desde o ano seguinte ao acidente, Luciano retratou um dos diversos dribles da carreira de Garrincha com a camisa da Seleção Brasileira.



- Ele trazia a magia do futebol. A alma do brasileiro. Desde pequeno, quando via algum lance dele, sentia algo que nunca vi outro jogador fazer igual - disse Luciano, explicando ao LANCE!Net a opção por uma arte do Mané.



Não é a primeira vez que o artista, que, como ele diz, "era horrível em qualquer pintura ou desenho antes do acidente", faz traços inspirados no mundo da bola.



- Em 2006, pintei o quadro "O Trio Fantástico", com Ronaldo, Ronaldinho e Kaká. Expus em alguns lugares e esse quadro foi parar nos Estados Unidos. Este ano, quis fazer algo, principalmente por conta da Copa ser aqui - conta ele, explicando um pouco como surgiu a ideia da exposição.



Mas Luciano não quer apenas se concentrar no passado distante da Seleção. Ele já tem planos para mostrar uma conquista a qual acredita que está próxima: o sexto título mundial.



- Desde que me entendo por gente, é a vez que estou mais confiante. Mais até que em 2006, mesmo com toda essa tensão de manifestações. Quando vier o título, acho que o Brasil vai parar igual a 1994.



Minha ideia, caso venha o título, é pintar momentos do hexa - revela ele, que tem como objetivo conseguir com que o Maracanã abrigue a exposição no futuro.



Para pessoas que, como Luciano, superam limitações físicas para emocionar e trazer à tona memórias especiais, a burocracia para fazer uma exposição no Maracanã não deve ser o maior dos obstáculos.



Então, fica a torcida para o sucesso dos comandados de Felipão a partir de 12 de junho.

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