Palmeiras corre, mesmo sem Wesley em campo, mas Botafogo supera o time paulista e conquista a vitória fora de casa.
O Palmeiras entrou em campo vestindo camisa amarela e shorts azul, mas foi longe de ser uma seleção.
Sem mostrar cansaço apesar da maratona de viagens na véspera do jogo, perdeu a segunda seguida em partida na qual Wesley foi expulso e o Botafogo, que venceu por 2 a 0, sai da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
O Verdão criou mais no primeiro tempo, mas já mostrava destempero com Lúcio trocando agressões com Emerson Sheik.
Até que Bolatti abriu o placar aos 15 minutos do segundo tempo, Wesley recebeu cartão vermelho dez minutos depois e Zeballos aproveitou contra-ataque para fechar o placar nos acréscimos.
Estacionado nos 12 pontos, o Palmeiras tenta, ao menos, se aproximar da faixa que dá vaga na Libertadores na última rodada do Brasileiro antes da Copa, visitando o Grêmio no domingo, no Rio Grande do Sul. Já o Botafogo, que atinge oito pontos e saiu da zona de rebaixamento, visita o Corinthians.
O jogo - Sem contar com Mendieta, machucado, Alberto Valentim não quis mexer na estrutura tática que rendeu quatro vitórias em seus primeiros jogos, mesmo com a má atuação na derrota de domingo, para a então lanterna Chapecoense. O meia Felipe Menezes foi a única novidade entre os titulares.
Com a bola rolando, o Palmeiras não mostrou o cansaço esperado pela maratona de viagens na véspera da partida. Impôs o ritmo acelerado para ocupar o campo adversário, contando com as movimentações de Diogo e Marquinhos Gabriel pelos lados.
Assim, aos três minutos, Diogo já tinha chutado rente à trave do goleiro Renan. Aos 12, Marquinhos perdeu chance clara com cabeceio grotesco.
O Botafogo, por sua vez, se fechou desde o início na esperança de segurar o Palmeiras e apostar na correria de Emerson Sheik para acertar algum contra-ataque.
O ex-atacante do Corinthians, entretanto, já causava problemas sem bola. Após trocar socos, cotoveladas e empurrões com Lúcio, levou amarelo e saiu no intervalo dizendo que o capitão do Verdão é mau caráter e o chamou de "gay como se fosse um monstro".
Discussões à parte, o Palmeiras tinha Felipe Menezes como seu maior obstáculo, já que o meia raramente acertava qualquer uma de suas tentativas e parava todas as jogadas de ataque em que se envolvia.
Quando o meia não tocava na bola, Diogo, aos 20, e Marquinhos Gabriel, aos 21, levaram perigo ao Botafogo.
As falhas defensivas, contudo, continuavam no time. E Sheik, embora sozinho, conseguia levar perigo, aproveitando-se dos erros de Lúcio.
Aos 34 minutos, em uma de suas aparições sem a marcação do veterano zagueiro na área, chegou a balançar as redes e teve o gol anulado mesmo estando em posição legal.
Causando problemas constantes atrás, Lúcio resolveu ir à frente e, aos 36, entregou bola na qual Diogo só não foi à frente porque foi agarrado e derrubado por Junior Cesar na área, dando ao Verdão, também, um motivo para reclamar do árbitro Heber Roberto Lopes. No caso, pedindo pênalti.
O Palmeiras, de qualquer forma, confirmou que foi o time mais perigoso do primeiro tempo em chute de Wesley que o goleiro Renan defendeu e em outro arremate do volante em cima do companheiro Henrique, além de finalização na pequena área de Diogo em cima da zaga adversaria nos últimos minutos antes do intervalo.
Deixando o cansaço de lado, o Verdão teve Wesley finalizando rente à trave com menos de um minuto de segundo tempo, como resultado do ritmo acelerado que acuou o Botafogo.
Mas logo o nervosismo atrapalhou a ponto de Wesley receber, aos oito minutos, um cartão amarelo por trocar ofensas com Edilson. Advertência que custaria caro.
O Botafogo mostrou que não precisava estar tão presente no ataque para abrir o placar, até porque a zaga do Palmeiras era um convite.
Assim, aos 15 minutos, Bolatti teve liberdade para ajeitar o corpo na meia-lua e aproveitar bola que sobrou após cobrança de escanteio para chutá-la com força nas redes do goleiro Fábio.
Em seu último lance lúcido no jogo, Diogo colocou a bola na cabeça de Felipe Menezes e Renan evitou o empate, aos 21 minutos.
A pressão preparada pelo Palmeiras logo foi desfalcada porque Wesley não suportou ver a bola passar entre suas pernas em drible de Sheik, levantou o adversário e acabou recebendo o segundo amarelo, deixando seu time com um a menos.
Coube ao Botafogo tocar a bola e se aproveitar do nervosismo do Palmeiras, que crescia à medida que apareciam vaias a todos que foram substituídos na tentativa, inútil, de superar a inferioridade numérica para empatar.
Nada além de uma bomba de Henrique deu trabalho ao goleiro Renan em mais de meia hora de jogo.
O time carioca, por sua vez, já tinha visto Marcelo Oliveira salvar o segundo gol de Zeballos em cima da linha. Mas, aos 48 minutos, o atacante partiu em contra-ataque desde o campo de defesa para fazer 2 a 0.
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