O talentoso camisa 10 Luka Modric será maestro da Croácia no jogo contra o Brasil (Foto: Getty Images)
Uma defesa compacta, mas que sai para o jogo e pode sofrer com a velocidade brasileira. Um meio campo povoado e com jogadores de força e qualidade. Além de um ataque isolado, mas perigoso. Essa é Croácia de Niko Kovac. Pelo menos foi no triunfo contra a Austrália, no último amistoso antes da estreia da Copa contra o Brasil.
Contra o Brasil, as características podem se manter no jogo do 12, na Arena Corinthians, mas algumas peças devem mudar. Isso porque os primeiros adversários do Brasil, não mostraram contra a Austrália tudo o que devem apresentar diante dos brasileiros.
O técnico fez sete mudanças em relação ao último amistoso, no sábado passado, ainda em Zagreb, contra Mali. Kovac despistou e disse que a intenção de tantas alterações foi dar ritmo de jogo a todos os jogadores. No entanto, os alguns atletas que entraram no segundo tempo, como Olic e Rakitik, mudaram a equipe e devem ser armas contra o Brasil.
O time que foi para campo em Pituaçu, nesta sexta, esteve posicionado a maior parte do tempo em um 4-1-4-1 variável. Em momentos de ataque, a ala ofensiva se reforçava e os croatas chegavam na frente com até três homens. No entanto, Jelavic, autor do gol, deve mesmo fazer carreira solo no meio da defesa brasileira. Quando eram atacas, apenas o camisa 9 figurava mais avançado.
O meio de campo é o principal setor croata. Com muitas opções, Kovac pode ter a força do brasileiro Sammir, ou a experiência e o chute forte de Olic. Certeza é que diante do Brasil, o talentoso camisa 10 Luka Modric será o maestro do time.
Diante da Austrália, o jogador do Real Madrid foi o principal criador do time até ser substituído por Rakitik. No entanto, contra o Brasil, é possível que os dois comecem jogando. Diante da Austrália, Modric começou o jogo mais recuado com a responsabilidade de iniciar as jogadas.
Se os croatas vão à frente, a bola sempre passa pelos pés do baixinho do Real Madrid. No segundo tempo, com o time mais avançado, Modric atuou como um falso meia, e foi o autor da jogada que resultou no gol de Jelavic.
O brasileiro Eduardo Silva jogou mais aberto pela direita auxiliado pelo lateral Srna, mas centralizando em lances de ataque para ajudar o isolado Jelavic. Seu substituto no segundo tempo, Olic, entrou com disposição e levou perigo ao gol adversário com chutes de longa distância.
No lado esquerdo, esse papel ficou por conta de Perisic, substituído pelo veloz Rebic. Pelo que demonstrou contra os australianos, o meio-campo compacto e povoado deve ser a principal arma croata.
A defesa mostrou-se forte em determinados momentos, mas também deu brechas que podem ser bem utilizadas por Neymar e cia. Substituto do machucado Pranjic, Vrsaljko, que é lateral direito de origem, deu brechas atuando no lado esquerdo. As bolas jogadas nas costas dos laterais deixaram em evidência a lentidão dos dois homens do miolo de defesa, Lovren e Vida.
Se diante do Brasil, a cara dos croatas será a mesma que enfrentou a Austrália somente Niko Kovac poderá responder. O certo é que até lá, o treinador deve seguir escondendo o jogo em Praia do Forte. Apenas os 15 minutos iniciais dos treinos são abertos para a imprensa, que nunca pode registrar atividades com bola rolando. Com isso, o jogo diante da Austrália será mesmo a única pista de Felipão para derrubar os rivais da abertura da Copa.
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