Ônibus deixando o hotel em Porto Feliz para mais um dia de treino (Foto: Alan Schneider)
Está no código de trânsito brasileiro: os ônibus podem engatar a marcha a ré, em pequenas manobras que não ofereçam riscos à segurança. No código da Fifa, não - e os ônibus que transportam as 32 seleções que participam da Copa do Mundo de 2014 só podem andar para frente quando estiverem transportando as delegações.
– É uma questão de segurança imposta pela Fifa. Tem que olhar bem, calcular a manobra. Não pode errar o cálculo e preciso tentar acertar na primeira - explica Wagner de Oliveira Prado, motorista da empresa que transporta a seleção de Honduras, hospedada em Porto Feliz.
Além da viagem das seleções ficar mais tensa, a determinação da Fifa também aumenta o trajeto de deslocamento. Em Porto Feliz, por exemplo, o percurso entre o hotel e o CT de Honduras poderia ser 5 quilômetros mais curto. Entre treinos e viagens ao aeroporto, a delegação vai andar 140 km a mais porque o ônibus não pode engatar a ré.
E será que tal norma é somente por segurança? O motorista Wagner acredita em um quê de superstição.
- Acaba dando marcha a ré no time também, pode perder... é sim uma questão de superstição - diz.
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