Suárez na concentração, já ciente da punição da Fifa
Agência Estado
A punição a Luis Suarez, decretada pela Fifa, na tarde desta quinta-feira (26) não ficou restrita ao campo futebolístico. Além da repercussão entre os torcedores, o tema alcançou a esfera política, a ponto de o presidente do Uruguai, José Mujica, tomar as dores do jogador, e dos uruguaios, e pedir providências para reverter a sanção, conforme informou a ministra de Turismo e Esportes do Uruguai, Liliám Kechichián ao noticiário do Canal 10, de Montevidéu.
Na entrevista, conforme relato do jornal Clarin, a ministra disse que o governo irá decidir as medidas a serem tomadas, a partir de reunião com o presidente uruguaio. Mas, na função de representante da cúpula do país, ela já adiantou que considerou a punição excessiva, mais se "parecendo com uma condenação do que com uma pena".
Ao semanário Búsqueda, o presidente uruguaio já havia adiantado, na véspera da decisão da Fifa, que estava ao lado do jogador e iria apoiá-lo, baseado na linha de que aquilo que o juiz não cobra no campo não deve ter interferências posteriores vindas de fora.
Se a apreciação do que sai em uma filmagem é válida, então são válidos os pênaltis não cobrados ou todas as jogadas duvidosas que são deixadas pelo caminho. Todos os dias vemos coisas que não se cobram. Se sancionarem Suarez há muitos outros que ficariam sem jogar por várias partidas. O tema de fundo é que querem sacá-lo do Mundial e o problema é que seus antecedentes o atrapalham.
A Fifa definiu a punição a Suárez nesta quinta-feira, na sede que a entidade Rio de Janeiro. E anunciou a decisão pelo Twitter. O atacante uruguaio não poderá exercer ou participar de nenhuma atividade ligada ao futebol, nos próximos quatro meses, além de estar suspenso por nove jogos. O atacante só pode recorrer da multa de 100 mil francos suícos (cerca de R$ 248 mil).
A punição ao jogador foi motivada pela mordida que ele deu no zagueiro italiano Chiellini, na partida entre Uruguai e Itália, realizada na última terça-feira (24). Não foi o primeiro caso deste tipo envolvendo o atacante, que, em 2010, pelo Ajax-HOL, já havia feito o mesmo com o adversário Otman Bakkal. Em 2013, ele novamente repetiu a agressão, pelo Liverpool, ao dar uma dentada no sérvio Branislav Ivanovic, do Chelsea. Na ocasião ele já havia sido punido pelo ato.
Contra a Itália, o Uruguai venceu o jogo, com gol de Godin, minutos após a mordida de Suárez, que não foi flagrada pelo árbitro mexicano Marco Rodríguez. Pelas oitavas, a seleção sul-americana enfrenta a Colômbia, no próximo sábado (28), às 17h, no Maracanã. Em caso de vitória, enfrentará o vencedor da partida entre Brasil e Chile.
3393 visitas - Fonte: R7