Demorou muito, demorou demais

Demorou muito para o Palmeiras finalizar uma bola a gol. Demorou ainda mais para o Palmeiras colocar uma bola na rede. O campo péssimo do Portal da Amazônia não justifica o primeiro tempo terrível da equipe na vitória por 1 a 0 desta quarta-feira, pela Copa do Brasil.



O time infinitamente mais técnico não conseguiu chutar na etapa inicial. Não assustou o goleiro Dalton porque não soube criar espaços diante da marcação do Vilhena e buscar alternativas diante do gramado péssimo. Pesados como o campo, França e Eguren prejudicaram a saída de bola. O meio e ataque tocavam, tocavam, erravam, erravam… A primeira finalização foi uma cabeçada de Alan Kardec, aos 30 segundos do segundo tempo. Muito, muito pouco.



Foi a tentativa do artilheiro que deu a impressão que a lentidão dos primeiros 45 minutos terminaria em Rondônia. Atacando do lado mais seco do campo, Juninho, o melhor do time, foi perfeito em seu setor. Vinicius e Eguren foram péssimos naquelas que seriam duas precisas assistências do lateral esquerdo.



Gilson Kleina demorou a abrir mão dos dois volantes. Mendieta, que não entrou bem, seria melhor solução no lugar de Eguren, errando passes e mais passes. Quem saiu foi Vinicius, também em noite ruim. Demorou demais para o Palmeiras balançar a rede, uma obrigação diante de um adversário fraco.



Só aos 42 minutos o bom Leandro colocou o Verdão em vantagem. Passe de Bruno César, o meia que entrou tardiamente no lugar de Eguren.



O time passará fácil pelo Vilhena em São Paulo, mas o jogo de volta, dia 10 de abril, entre duas possíveis finais do Paulistão, era evitável. O Alviverde demorou para chegar em Vilhena, demorou para chutar, demorou para fazer 1 a 0. Já demorou para classificar.