Santos vence clássico com o Palmeiras na Vila (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)
A contratação de Ricardo Gareca é digna de muitos elogios, mas o Palmeiras não pode esperar que o argentino faça milagres. Com esse elenco, nem Guardiola.
Não há método de trabalho inovador que faça o clube brigar pelo título do Brasileiro sem reforços. É mais que urgente, ou o sonho pode virar pesadelo, filme que a torcida já conhece bem.
Apesar da falha de Tobio no gol de Uvini – nem é preciso dizer que Fábio foi ainda pior – e da pane generalizada no gol de Alison, o sistema defensivo deu mostras de que pode se solidificar.
O problema é que o Verdão não tem material humano para se apoderar da bola, o que mantém o adversário sempre perto da área. Poucas equipes no planeta conseguem jogar na defensiva por 90 minutos sem tomar gol.
Bruno César chegou no início do ano e ainda não mostrou a que veio. Não chama o jogo. Não pisa na bola. Não acelera quando é preciso. Não encontra companheiros desmarcados. Não parece ser ele o substituto ideal para Valdivia.
Leandro é outro que ainda “não jogou” em 2014. Dá a impressão de que não tem a mesma velocidade e o mesmo faro de gol do ano passado. Pior: parece não ter a mesma motivação que fez o clube investir uma grana alta para comprá-lo.
Domingo, contra o forte Cruzeiro, Gareca terá Henrique como referência na área. Pode até melhorar, mas não adianta achar que ele vai manter a média de gols altíssima de antes da Copa do Mundo. Mouche deve estrear pelo lado do campo, mas nada poderá fazer se não receber bolas redondas.
O Palmeiras precisa de ao menos três novos titulares: um volante (Carbonero foi ótimo pedido de Gareca, mas não vem), um meia (Maxi Moralez é o preferido) e de um atacante (Pratto é mais jogador do que Facundo Ferreyra). E vale lembrar que o time jogou com volantes improvisados nas duas laterais.
A diretoria tem de agir, ou pode queimar um ótimo técnico. Ou pior: frustrar de vez o centenário.
17283 visitas - Fonte: LanceNet!