Tobio, mais um dos 'goleiros' do Palmeiras, que se vestiu de Oberdan Cattani
Ricardo Gareca nega a fama que tem na Argentina de que considera o verde como uma cor de má sorte, mas viu a equipe atuar de azul em sua estreia no Palmeiras.
O motivo, contudo, foi uma homenagem a Oberdan Cattani. A lembrança ao ídolo, falecido em 20 de junho, fez com que o time inteiro parecesse ser composto apenas por goleiros nesta quinta-feira.
Todos os jogadores de linha entraram em campo com o uniforme e o shorts azul, modelo usado por arqueiros. As camisas levavam o nome de Oberdan Cattani nas costas e tinha o rosto do goleiro desenhado na frente com os dizeres "Obrigado, Oberdan!".
Alguns jogadores de linha até atuaram com manga mais longa, como é típico em quem atua debaixo das quatro traves. O único que não vestia azul, obviamente, era Fábio, realmente goleiro e que levava as mesmas homenagens a Oberdan, com a exceção de que vestiu o uniforme com a cor laranja.
A homenagem também registra um dos principais marcos deixados por Oberdan no clube. Durante sua trajetória como jogador do Palestra Itália e do Palmeiras, entre 1941 e 1954, ele foi o responsável por iniciar a tradição de os goleiros da equipe jogarem de azul, forma encontrada na época para homenagear a Itália.
Ao sair dos vestiários para entrar em campo no primeiro jogo oficial desde a morte do ídolo, os jogadores também exibiram uma faixa com um desenho do eterno ídolo e as inscrições: "Obrigado, Oberdan Cattani. De Palestra a Palmeiras, sempre em nossos corações. 1919-2014, 351 jogos".
Oberdan, que receberá um busto no Palestra Itália, foi tetracampeão paulista (1942, 1944, 1947 e 1950), ganhou o Rio-São Paulo-1951 e a Copa Rio-1951, considerado um título mundial no clube. Faleceu em 20 de junho, aos 95 anos, por causa de uma infecção pulmonar.
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