Paulo André, atualmente no futebol chinês, cobrou mudanças em projeto de lei esportivo
Em artigo publicado nesta sexta-feira no jornal Folha de S.Paulo, o zagueiro Paulo André pediu ajuda para que o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) não seja aprovado no Congresso Nacional e tampouco sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, pois a norma ajudaria os clubes e dirigentes a se safarem de possíveis consequências por causa das dívidas adquiridas nas últimas décadas.
"O projeto propõe o parcelamento da dívida fiscal dos clubes, mas oculta, sagazmente, a isenção da responsabilidade civil e penal dos dirigentes que cometeram irregularidades.
A mencionada dívida decorre do Imposto de Renda e da contribuição à Previdência retida do atleta e não repassadas à União, ou seja, apropriação indébita, crime", escreve o ex-jogador do Corinthians, um dos fundadores do Bom Senso, e atualmente na China.
Ele afirma que o projeto de lei é frágil ao tentar impor a responsabilidade fiscal e trabalhista aos clubes: "Essa debilidade justifica o desespero dos dirigentes e a pressão da 'bancada da bola' para sua rápida aprovação, já que, uma vez garantido o parcelamento, clubes e CBF voltarão a se blindar e não mais discutirão as mudanças estruturais".
Paulo André voltou a cobrar a regualação e a democratização da CBF, "dando voz e direito de voto aos atletas, treinadores, árbitos e demais clubes filiados à entidade" - para a escolha do novo presidente da confederação, o pleito conta apenas com votos das 27 federações e dos 20 times que disputam a Série A do Brasileirão.
"Essa partida está na prorrogação. Os clubes, a CBF e a bancada da bola estão no ataque. Nosso time conta com você para virar esse jogo", encerra o zagueiro.
3243 visitas - Fonte: ESPN