Contrariando completamente a sua própria previsão de poupar os principais jogadores, Gilson Kleina mandou a campo neste sábado, pela primeira vez, Valdivia, Bruno César, Leandro e Alan Kardec juntos. A Ponte Preta deu trabalho, abriu o placar e até buscou o empate, mas perdeu de virada por 3 a 2 no Pacaembu, sofrendo gol de Mendieta aos 42 minutos do segundo tempo.
Brigando por vaga nas quartas de final, os campineiros fizeram o primeiro gol com Rossi, aos dois minutos. A Macaca retrancou e dificultou, mas, no segundo tempo, a dupla Valdivia e Bruno César deu certo. Aos 15, o chileno cavou falta que o meia cobrou e Eguren aproveitou rebote para empatar. Depois, Valdivia roubou a bola e iniciou jogada que culminou em pênalti sobre Bruno César. Aos 17, Alan Kardec converteu.
Aos 24, a Ponte voltou a atacar e contou com pênalti de Wendel sobre Silvinho para o próprio atacante bater e empatar. Para vencer, Kleina renovou seu ataque e colocou Mendieta, Patrick Vieira e Vieira. Só manteve Valdivia e Alan Kardec do quarteto inicial, e foi em jogada dos dois que Mendieta garantiu a vitória, no fim.
Agora, o Verdão, já garantido nas quartas de final como líder do grupo D, chegou a 35 pontos e torce para o Santos, que tem três pontos a menos, não vencer na visita ao Rio Claro, às 18h30 (de Brasília) deste domingo, e chegar à Vila Belmiro podendo empatar no domingo, na última rodada, às 16 horas do dia 23. Já a Macaca, estacionado nos 24 pontos, tenta garantir sua vaga em casa, diante do Mogi Mirim, também às 16 horas do dia 23.
O jogo – Se o Palmeiras precisava da vitória para continuar caçando o Santos na busca pela melhor campanha da primeira fase, a Ponte Preta entrava em campo para somar já os três pontos que garantem a sua classificação. E não deu nem tempo para que o quarteto ofensivo de Gilson Kleina fosse avaliado.
Logo aos dois minutos, a Macaca mostrou um já costumeiro problema no Palmeiras: Juninho. Magal passou nas costas da zaga pela esquerda do ataque campineiro, levantou a cabeça para olhar Juninho avançar e deixar Rossi totalmente livre na pequena área e cruzou com precisão para o atacante. Na ânsia de recuperar seu erro o lateral esquerdo ainda rebateu a cabeçada do ponte-pretano, mas a bola voltou aos pés do rival, que soltou a bomba para abrir o placar.
Já satisfeita com o gol, mesmo tão cedo, a Ponte Preta resolveu apenas defender. Não se esforçou nem para contra-atacar, bloqueando sua grande área. O Verdão, então, descobriu que Valdivia, Bruno César, Leandro e Alan Kardec não eram suficientes. Sem Wesley, ausente por lesão muscular, a aposta em Eguren e França era frágil na tentativa de levar a bola para a frente.
Mesmo com espaço livre até a intermediária alvinegra, a bola só chegava em algum chutão, vindo muitas vezes de Fernand Prass, amortecido por Alan Kardec ou Valdivia em disputa pelo alto. Para piorar, Bruno César e Leandro pareciam atuar invertidos, com o meia trocando de posição com Valdivia pela direita e Leandro confortavelmente parado perto da grande área. Assim, a equipe não conseguia entrar na grande área.
Até que Juninho resolveu se redimir, virou opção pelos lados e acordou o time. Aos 34 minutos, o lateral esquerdo dominou com estilo, de cabeça, uma bola que sobrou no meio-campo, deixou dois adversários no chão, tabelou com França e rolou para Valdivia bater rente ao canto esquerdo rasteiro de Roberto. Foi, então, inaugurada uma sequência de dez minutos de intenso trabalho para o goleiro da Macaca.
Aos 35, Valdivia bateu bem de novo. E até Bruno César, apareceu, arriscando em chute que passou rente ao travessão. A Ponte, obrigada a dar um passo para trás, ficou acuada e passou a fazer faltas para proteger sua área. Em uma delas, Bruno César obrigou Roberto a se esticar para tirar a bola de seu ângulo esquerdo.
Na volta do intervalo, Vadão deixou claro que continuaria retrancando seu time, sacando Bruno Silva e Adrianinho, os únicos meio-campistas que tinham cartão amarelo. Assim, se a pressão continuasse, ainda seria possível parar o Verdão com falta. Como o Palmeiras continuou em cima, ainda entrou o lateral esquerdo Carleto no lugar do atacante Rossi, aos 14, reforçando ainda mais a defesa.
Mas, de tanto recuar, o empate era inevitável. E surgiu graças a uma falta duvidosa sofrida por Valdivia, aos 15 minutos. Bruno César cobrou e o goleiro Roberto rebateu nos pés de Eguren, que não economizou na força para colocar a bola nas redes, despertando alegria e alívio nos presentes.
Não satisfeito com o empate, o Palmeiras contou com o ânimo de Valdivia e Bruno César. O chileno deu o bote em rival para roubar a bola na linha de fundo e a jogada continuou com Bruno César entrando na área e caindo após ser tocado por Carleto. Pênalti marcado em jogada de uma das alternativas defensivas de Vadão. Na cobrança, Alan Kardec converteu.
A alegria da virada, contudo, durou pouco. A Ponte lembrou que era necessário atacar e, quando foi à frente, Silvinho também foi derrubado na grande área em choque com Wendel, aos 24 minutos. A torcida gritou o nome de Fernando Prass, mas o próprio Silvinho soltou a bomba para empatar.
Com o time cansado, Kleina trocou Bruno Cèsar, França e Leandro para apostar em Patrick Vieira, Mendieta e Vinicius. Com o ataque renovado, sofreu ao ver Antonio Flavio passar nas costas de Juninho para acertar o travessão de Fernando Prass, aos 30 minutos. Dez minutos depois, Sivinho chutou fraca na frente de Fernando Prass.
Mas Leandro, em uma de suas últimas jogadas, já tinha feito fila para Alan Kardec quase marcar um golaço tentando buscar o ângulo. E as novas alternativas ofensivas foram ainda mais eficientes. Aos 42, Valdivia deu lindo passe para Alan Kardec que rolou para Mendieta, com o gol vazio à frente, confirmar a virada.
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