O Palmeiras teve neste sábado uma de suas vitórias mais complicadas, e Gilson Kleina atribui a virada sobre a Ponte Preta à tranquilidade. O técnico admitiu que o time ficou nervoso e demorou a encaixar seu jogo quando levou gol aos dois minutos de jogo, mas relacionou evolução e calma até Mendieta selar o 3 a 2 aos 42 minutos do segundo tempo.
"A tranquilidade fez virarmos um jogo difícil", afirmou o treinador, elogiando a passagem pelos lados - foi assim que Valdivia encontrou Alan Kardec e, do centroavante, saiu a assistência para Mendieta. "Nossos laterais participaram muito, chegaram bem. E o Mendieta entrou fazendo bem isso de vir de trás."
Foi a conclusão de um início complicado após Lúcio errar na cobertura a Wendel, permitir o cruzamento de Magal, e Juninho deixar Rossi livre para cabecear em cima dele e, depois, chutar para abrir o placar. "Quando vimos que a Ponte não tinha jogador de área, dificultou um pouco, vieram com homens rápidos. E não nos recuperamos totalmente da viagem também", disse, lembrando da vitória em Vilhena (RO), na quarta-feira.
"Saímos perdendo muito cedo, em uma bola em que somos eficientes. Pedi pra manter a tranquilidade, mas ficamos 20 minutos sem organizar, ficamos previsíveis, eles encaixaram a marcação... Com 20 minutos, não demos um chute a gol", declarou, admitindo dificuldades iniciais do quarteto Valdivia, Bruno César, Leandro e Alan Kardec, escalados pela primeira vez juntos.
"Nos primeiro minutos, o time ficou amarrado, sem manter a posse e encaixar a marcação. Eles avançaram, tomamos gol com dois minutos e ficamos um pouco desorganizados. O time nunca treinou assim, só teve jogo-treino nessa formação. Só encaixamos e tomamos conta do jogo depois."
A evolução, contudo, apareceu já no primeiro tempo. "Depois que movimentamos, sobretudo o Bruno César melhorou, passamos a sofrer faltas, criamos perto da área. O time cresceu muito e terminamos bem o primeiro tempo, só pedi pra avançar a marcação", contou.
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