Frizzo quer estrela no escudo do Palmeiras por Copa Rio

13/8/2014 08:11

Frizzo quer estrela no escudo do Palmeiras por Copa Rio

Frizzo quer estrela no escudo do Palmeiras por Copa Rio

Roberto Frizzo (esq.) foi dirigente do Palmeiras na gestão Arnaldo Tirone

Foto: Adriano Lima / Terra




Mentor do dossiê que convenceu a Fifa a legitimar o Palmeiras como campeão mundial ao conquistar a Copa Rio de 1951, Roberto Frizzo quer a conquista marcada de forma ainda mais permanente no clube. O ex-vice-presidente deseja que o escudo passe a ter uma estrela em alusão ao título.



"Tem que virar uma bela estrela no peito da nossa camisa. Sem dúvida. Nossos ancestrais e quem conquistou o título merecem", disse Frizzo à rádio Jovem Pan. "Essa data ficará ligada direto no calendário. Em todo ano, será alvo de festejo e comemoração. A data da conquista tem que ficar fixa no nosso calendário agora."



Por meio do presidente Joseph Blatter e de comunicados, a Fifa não assume a organização da Copa Rio, mas confirma que considera o Palmeiras campeão mundial por sua conquista em 1951. O clube deve anunciar de forma oficial a qualificação da Fifa durante a festa de comemoração do centenário, no próximo dia 26.



Em 2001, Frizzo iniciou trabalhos para formular o dossiê, inclusive viajando o mundo para entrevistar jogadores e profissionais dos clubes participantes do torneio e, agora, tem seu desejo realizado. "Sempre tive na mente e no coração a certeza de que o tempo é o senhor da razão. Isso ia acabar acontecendo. Era tão claro que fizemos questão de encaminhar para o comitê executivo porque não era questão de política, era só ler o material para ver que tinha toda a configuração de um campeonato mundial interclubes.



Aliás, mais completo que outros", falou o conselheiro."O Blatter fez essa manifestação sem nenhum constrangimento e não resta dúvida que foi com a base fornecida por aquele material por aquela documentação, que deixou todos mais à vontade e muito mais conscientes que aquele torneio teve todas as características e até mais importantes do que outros torneios que vieram depois e foram chamados de mundiais interclubes", prosseguiu Frizzo.



O ex-vice-presidente, no entanto, admite a influência das pressões do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do presidente eleito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, para a Fifa confirmar o clube como campeão mundial. Até agradece a ajuda de ambos.



"Às vezes não basta o dossiê, tem que haver uma pressão de outra maneira. Era uma competição que o Blatter nem tinha ouvido falar, não havia nenhum contemporâneo da competição dentro da Fifa. Para fazer a pressão em um órgão muito rígido, com padrões rígidos, o entendimento fica mais facilitado quando vem um momento político, de gabinete", comentou Frizzo, emocionado.



"Sempre entendi que este título é a maior conquista do Palmeiras no campo do futebol profissional. Chegou um tempo em que não sabia se estaria vivo quando fosse reconhecido. É uma grande alegria, ainda mais no nosso ano do centenário. O Palmeiras merece pela sua história linda no futebol brasileiro. Está aí: fomos os primeiros campeões mundiais interclubes. Isso emociona. Não é a cereja no bolo, é o bolo na cereja", definiu.







4536 visitas - Fonte: Terra

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