Meia pede time no campo de defesa rival para atrapalhar astros e se reerguer (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Neste domingo, Agustín Allione disputará seu primeiro clássico pelo Palmeiras e se anima por ver do outro lado nomes conhecidos mundialmente como Kaká, Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso. Em meio à má fase do Palmeiras, é exatamente para evitar que a bola chegue a esses astros do São Paulo que o argentino enxerga como solução jogar no ataque.
“Sei o que falam meus companheiros. O São Paulo é uma equipe muito rápida e tem Kaká, Ganso e Pato, jogadores importantes. Precisamos tomar cuidado com eles, estar ordenados da metade do campo para frente e manter a bola no campo deles”, indicou o meia, ciente de que a posse de bola ofensiva é uma das principais filosofias que Ricardo Gareca tenta implantar.
Uma solução em meio à correria no Brasil. “Aqui há um pouco mais de liberdade e a partida tem um ritmo muito frenético, com jogadas dos dois lados. A bola não fica tanto tempo no meio-campo como na Argentina, onde seguramos mais a bola, sem jogar tão verticalmente. Estou tentando me acostumar com isso”, analisou Allione, que agradece aos companheiros brasileiros pela “melhor recepção possível”.
Sentindo-se como se estivesse no Verdão há muito tempo, o argentino de 19 anos confia nos gestos para fazer o time dar certo e vencer o Choque-Rei. “Tentamos nos entender com sinais, falo algumas palavras em português, eles falam mais devagar. E os sinais e as palavras são parecidos dentro de campo, não é tão difícil de entender.”
A complicação é conseguir resultados, já que a equipe não vence há oito rodadas no Brasileiro e está a um ponto da zona de rebaixamento. “No domingo, teremos uma grande oportunidade de ganhar e mudar tudo o que está acontecendo, ainda mais em um clássico tão importante”, animou-se o meia.
“Contra o Atlético-MG, não demos sorte. Depois de fazermos o gol de empate, tivemos a chance de virar e ter uma história diferente, mas, no fim, eles fizeram 2 a 1 quando o empate era mais justo. A equipe tem mostrado coisas boas”, continuou, procurando mostrar otimismo em meio à crise.
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