Paulo Nobre tem mandato até o fim do ano (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)
A estratégia "anticalote" para Paulo Nobre recuperar o dinheiro que emprestou ao Palmeiras será votada pelo Conselho Deliberativo em setembro, provavelmente no dia 1º. A ideia é que, a partir de janeiro de 2015, 10% da receita mensal do clube vá direto para um fundo criado especificamente com esta finalidade. Se a medida for aprovada, o próximo presidente - Nobre tentará reeleição no fim do ano - não terá como se negar a pagar a dívida, que hoje está próxima dos R$ 100 milhões.
Na noite de terça-feira, um grupo de conselheiros foi apresentado ao plano em reunião na Academia de Futebol. Serão mais cinco ou seis encontros, até que todos os quase 300 membros do órgão estejam cientes do que o mandatário pretende. Ele considera mais fácil explicar a grupos pequenos, de no máximo 30 pessoas, do que a todo o Conselho ao mesmo tempo.
Nobre imagina que chegará a dezembro, quando termina seu mandato, com R$ 120 milhões emprestados em seu nome. Ele cobrará juros de 1% ao ano, bem menores que os de mercado. A projeção é de que tudo esteja quitado em cerca de dez anos.
Apelar a empréstimos pessoais foi a única saída que o presidente encontrou para conter as dívidas: desde que assumiu, tem mantido em dia não só os salários dos jogadores como também os impostos do clube. Ainda assim, o Verdão tem cerca de R$ 10 milhões de prejuízo em 2014. A ausência de um patrocinador há mais de um ano pesa contra.
Ele também ajudou em contratações. As compras dos argentinos Allione, por R$ 6 milhões, e Cristaldo, R$ 8 milhões, ainda não foram analisadas pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), cujos membros não sabem se o dinheiro veio de Nobre, de investidores ou de outras fontes de receita, como venda de atletas.
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