Brunoro assumiu o cargo no início do ano passado (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)
O diretor-executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, entende quem acha que faltou planejamento ao clube para o segundo semestre do ano do centenário, embora não concorde com a tese.
Pressionado pela torcida, que fez protesto pedindo sua saída na segunda-feira, e por conselheiros, que tentam convencer Paulo Nobre a mandá-lo embora, justifica que a demora para trazer jogadores foi causada por questões econômicas.
- Vivemos dois ciclos, um com Kleina e outro com o treinador argentino (Ricardo Gareca). Neste segundo ciclo, por questões econômicas, trouxemos alguns jogadores de outros países que, em teoria, têm um salário um pouco menor. Infelizmente, não conseguimos fazer isso na janela quando se parou (para a Copa do Mundo) e tivemos que fazer com o barco andando. Dou razão, parece que não houve planejamento, mas foram questões casuais para contratar os jogadores requeridos pelo treinador - disse o dirigente, ao Sportv.
O Palmeiras trouxe o zagueiro Tobio, o meia Allione e os atacantes Mouche e Cristaldo, todos argentinos e indicados por Gareca. O técnico também queria um armador, e o clube chegou a negociar com Maxi Moralez, da Atalanta (ITA), e com os ex-palmeirenses Diego Souza e Cleiton Xavier, do Metalist (UCR), todos sem sucesso. A volta de Valdivia, cuja negociação com o Al Fujairah (EAU) fracassou, é um alento. Ronaldinho Gaúcho, que está livre no mercado, está descartado.
- Sou muito frio. Eu gostaria de ter o Ronaldinho Gaúcho, um grande ídolo, mas só o traria se ele fosse autofinanciável. Eu não faria o clube financiá-lo e não posso me comprometer com um salário com o jogador para, depois, ver se consigo um patrocinador. E se eu não conseguir? - disse Brunoro, que chegou a negociar com o jogador no início do ano.
- Acham que não sofro? Claro que sofro, faz parte do meu trabalho. Mas eu, o Paulo e a direção toda sabemos o rumo que o clube está tomando: queremos o Palmeiras forte perenemente. Pior é não saber para onde quer ir. Recebo mensagens me pedindo para jogar no lixo a austeridade, mas o que o Palmeiras tem é responsabilidade. Falam sempre que não tem elenco nem jogador, só que o profissional pensa com a cabeça fria - finalizou.
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