O Palmeiras precisará abrir uma exceção para contar com Wesley. Pelo menos essa é a impressão que o jogador e seu empresário passam atualmente. Em entrevista ao UOL Esporte, Antônio Bahia, agente do atleta, afirmou que não vê como uma possibilidade que o volante aceite uma redução de salário para se encaixar na nova política de contratos por produtividade.
Segundo o empresário, a última reunião presencial com representantes do Palmeiras aconteceu há um mês. Desde então, apenas contatos via telefone são estabelecidos. Ele disse que a vontade do atleta é ficar na equipe e comemorar o centenário lutando por títulos. Questionado via assessoria, a diretoria não quis dar a sua versão sobre o fato para manter a política de sigilo nas negociações de jogadores.
"A gente se reuniu há um mês e toda semana o Omar Feitosa (gerente de futebol) me liga, mas, até agora, não teve uma proposta para o Wesley. A gente quer uma proposta para entender o que o Palmeiras pensa em relação ao tempo de contrato, o salário e tudo mais. Mas nem isso aconteceu ainda", iniciou Bahia.
"E o problema é que eu não vejo como uma possibilidade um jogador como o Wesley, no auge de sua idade, jogando bem, aceitar uma redução de salários e ganhar por jogo. Se o jogador se machuca defendendo o clube e precisa ficar um tempo parado, como é que fica?", questionou.
Wesley tem vínculo até fevereiro de 2015 e ficaria livre para assinar um pré-contrato com outra equipe a partir de agosto deste ano. Isso significa que o Palmeiras precisaria negociar a renovação antes disso para evitar que a saída seja sem retorno financeiro. Sua negociação foi feita pelo ex-presidente Arnaldo Tirone e custou cerca de R$ 20 milhões.
Para piorar o relacionamento entre Wesley e diretoria, Antenor Angeloni, investidor que ajudou na compra do atleta do Werder Bremen (ALE), cobra na Justiça uma dívida de R$ 15 milhões e conseguiu até bloquear a entrada de uma verba de R$ 54 milhões que ajudaria o clube a respirar em meio a dívidas.
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