Ademir e ídolos da Academia seguem na ativa pelo time de masters Bruno Ceccon

15/8/2014 11:13

Ademir e ídolos da Academia seguem na ativa pelo time de masters Bruno Ceccon

Ademir e ídolos da Academia seguem na ativa pelo time de masters Bruno Ceccon

Embora a maioria não saiba, os torcedores do Palmeiras têm a rara oportunidade de ver aquele que é considerado o melhor jogador da história do clube em ação. Aos 72 anos, o ídolo Ademir da Guia segue na ativa ao lado de alguns antigos companheiros da Academia de Futebol pelo time de masters.



Com a camisa do Palmeiras, Ademir da Guia disputou 901 partidas, um recorde, e conquistou 11 títulos entre as temporadas de 1961 e 1977 – foram cinco paulistas e cinco nacionais, com status de Campeonato Brasileiro para a CBF, além de um Rio-São Paulo.



Seus companheiros variam a cada partida, mas Ademir da Guia é uma exigência dos contratantes da equipe de masters oficial do Palmeiras. Geralmente, o time enfrenta rivais locais no interior do estado de São Paulo, região com grande número de torcedores do clube.

A Gazeta Esportiva acompanhou uma partida do time de masters do Palmeiras em São Bernardo do Campo. Centenas de torcedores se dispuseram a acordar cedo em uma chuvosa manhã de domingo para ver os veteranos em ação e trataram Ademir da Guia como um verdadeiro astro.



Cercado pelos fãs, o Divino teve dificuldade para entrar em campo. O ex-volante Dudu, preocupado com o atraso da partida, precisou puxar o antigo companheiro de meio-campo pelo braço. Diante do intenso assédio, o único lugar possível para a entrevista foi o vestiário.



Esse carinho da torcida, a possibilidade de estar em campo jogando com os velhos companheiros e reencontrando os antigos adversários são coisas importantes para o nosso ego”, disse Ademir, enquanto dezenas de fãs ávidos por fotos e autógrafos o aguardavam ansiosamente na saída do vestiário.



Apesar da idade, o Divino mantém a elegância dentro de campo. Com um toque refinado, ele não corre à toa e raramente erra passes. De vez em quando, arrisca chutes e cobranças de falta. Animados com a chance de enfrentar antigos ídolos, alguns amadores se empolgam e entram duro.



“É futebol. Às vezes você faz uma falta e às vezes leva. Tudo normal”, minimizou Ademir. “Se perder, não tem três pontos em jogo e o esporte não é só ganhar. Mas tem aquele negócio: mesmo sendo brincadeira, entramos sempre para vencer. Eu procuro jogar 30 minutos e depois saio para os mais jovens entrarem”, explicou.



No jogo acompanhado pela reportagem, além de Ademir da Guia, entrou em campo o ex-ponta Edu Bala, 472 jogos e seis títulos pelo Palmeiras de 1969 a 1978. Dudu e Leivinha ficaram apenas no banco de reservas, como integrantes da comissão técnica, da qual César Maluco também faz parte.



Sem condições físicas para jogar, Leivinha sente saudades do futebol praticado nos tempos da Academia. “Era um jogo mais técnico. Não existia essa guerra de hoje. Agora, a virtude de um jogador é o porte físico. Antigamente, a técnica prevalecia. Cada clube tinha pelo menos cinco jogadores ótimos”, recordou o autor de 105 gols pelo clube.



César Maluco, responsável por 180 tentos, também fala em tom nostálgico. “No nosso tempo, tinha jogador que tirava os dentes para jogar. Era sem frescura. Hoje, os caras são artistas. Entram em campo maquiados para aparecer na televisão. Os jogadores são robôs. Ficaram todos grandes e fortes. Mudou tudo”, constatou.



O time de masters do Palmeiras reúne atletas de diferentes gerações. Além dos ídolos da Academia de Futebol, há nomes com passado menos glorioso e maior fôlego, como Adãozinho, Betinho, Esquerdinha, Jorginho e Índio, entre outros que vestiram a camisa do clube.



A equipe de veteranos oficial, antes com pouco respaldo do clube, chegou a sofrer uma espécie de pirataria por parte de outros ex-jogadores. No ano do centenário, o Palmeiras abraçou o time de masters, que ganhou novo material esportivo e vem tendo suas atividades divulgadas no site oficial.



TIME DISPUTA TAÇA OBERDAN CATTANI



O Palmeiras organizará um torneio retrô como parte das comemorações pelo centenário. A partir das 9 horas (de Brasília) deste sábado, os times de masters de Palestra Itália, Germânia, Paulistano e Juventus disputarão a Taça Oberdan Cattani, na Rua Javari.



O réveillon de 1941, o último do clube como Palestra Itália, será usado como base para decorar o estádio. Com uniformes, regras e bolas da época, as equipes terão integrantes acima dos 50 anos, com três exceções entre 40 e 50, entre elas os goleiros.



O Germânia, atual Pinheiros, cedeu sua área social para a primeira festa da história do Palestra Itália. Já o Paulistano foi o adversário na conquista do Paulista 1920, o título inicial do clube, enquanto o Juventus contou com palestrinos entre seus fundadores.









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