(Divulgação)
Com um ponto em cinco jogos no Brasileiro e à frente de um time que não vence há oito rodadas, Ricardo Gareca ainda está se acostumando à repercussão do Palmeiras, mas já sabe a pressão de estar a um ponto da zona de rebaixamento. O técnico sorriu nesta sexta-feira ao falar que não se sente garantido no cargo até o dia 26, quando o clube completará 100 anos.
“Tomara que eu triunfe e siga sendo o técnico do Palmeiras por muito tempo. Quero ser o técnico do centenário, como fui no Vélez. Para a torcida e para mim, isso significa muitíssimo. Tomara que possamos estar contentes para a festa”, comentou o argentino, reiterando que apoio é o que não falta dos dirigentes.
“A relação é muito boa com a diretoria, eles estão sempre conosco, perguntando se estou precisando de algo. Os resultados não são uma consequência de que me falta algo, eles me facilitam em tudo para que façamos um grande trabalho. Sou o máximo responsável por tudo que não está dando certo. Se eu não tiver um grande trabalho, será por minha causa. Mas espero conseguir”, declarou.
Em cada resposta nesta sexta-feira, o treinador mostrou estar ciente da necessidade de resultados. Chegou a falar espontaneamente sobre a possibilidade de não aproveitar por muito tempo Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo, argentinos que ele indicou. “Não quero que outro treinador desfrute dos jogadores que vieram comigo”, disse, recusando-se a imaginar uma derrota para o São Paulo, no Pacaembu.
“Não falo do futuro. Penso positivamente para domingo, nunca nada que não seja positivo”, afirmou, baseando-se, porém, na autoconfiança em vez de garantir que fará o Verdão evoluir.
“Passei por tantas situações difíceis e pude reverter algumas, outra não. No Palmeiras, não sei o que vai acontecer, mas tenho fé e confiança nos jogadores e no meu trabalho.”
Gareca, ao menos, assegura que ainda não pensa em sair. Fez questão de se desculpar com a imprensa por não ter dado entrevista coletiva após a derrota para o Atlético-MG, alegando que não é costume na Argentina sempre atender aos jornalistas depois de todas as partidas. Sua iniciativa no fim de semana fez surgir rumores de que pediu demissão, algo que não cogita por enquanto.
“Se eu pensar que o Palmeiras não tem solução, saio e sigo meu caminho tranquilamente. Mas vejo solução para continuar no cargo e tenho força para isso. É um processo de recuperação futebolística, o Palmeiras sempre tem mostrado alguma coisa e melhorado. Admito que os resultados não são bons, mas não penso em deixar o cargo, só em cada partida”, garantiu.
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