Logo após a proposta do Bom Senso para o fair play financeiro, que visa regulamentar os gastos dos clubes para que eles não superem suas receitas, o palco do auditório onde se realizou o seminário organizado pelo Bom Senso, nesta segunda-feira, em São Paulo, ganhou ares políticos. O deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do Proforte (Projeto de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos), subiu ao palco e discursou em favor do projeto.
O Proforte também tem como um dos princípios o refinanciamento das dívidas dos clubes para com o governo. O valor atual estimado é de R$ 5 bilhões, a maior parte relativa a débitos com o INSS e a Receita Federal. Pelo projeto, isso seria pago em 20 anos, com a maior parcela destinada a bolsas a atletas e investimento em infraestrutura. O benefício se estenderia a entidades do esporte olímpico.
No palco, Leite cobrou da CBF um auxílio maior aos clubes e convidou os integrantes do Bom Senso F.C. a participarem de audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados, no dia 2 de abril.
- A CBF teve um lucro líquido em 2012 de R$ 55 milhões. Ela tem que ser fonte de mais recursos para o futebol brasileiro. Estamos gastando bilhões em estádios, mas e o legado do futebol? A presença de vocês iria robustecer o movimento - afirmou o político.
Além dos representantes do Bom Senso, a audiência deverá ter a presença do presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade. Ele lidera a Comissão Especial dos Clubes de Futebol, que representa 24 equipes do país e apoia o projeto.
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