Bruno César está merecendo ser titular (Foto: Ale Cabral)
Para ser bom técnico, não basta ter a capacidade de fazer um elenco limitado dar liga. Ter mais opções boas do que vagas na equipe titular também é um desafio em que treinadores medianos costumam tropeçar. A capacidade de Gilson Kleina, que faz trabalho muito bom neste ano, está prestes a ser colocada em xeque.
Quanto mais joga, mais Bruno César se mostra eficiente. Dos últimos quatro gols do time, o meia participou de três. E a torcida obviamente quer vê-lo ao lado de Valdivia, em uma parceria que revelou-se muito promissora contra a Ponte Preta, no último sábado. Utilizá-los juntos é quase uma obrigação.
Mas o time também sofreu mais que o necessário no sistema defensivo. Eguren e França, volantes pesados, não conseguiram dar ao Palmeiras o equilíbrio necessário para jogar com dois armadores e mais dois atacantes. Antes de sucumbir ao bom toque de bola alviverde e levar o terceiro gol, a Ponte encaixou dois contra-ataques muito perigosos. Fosse um time mais qualificado, ou um jogo mais decisivo, e o Verdão ficaria em apuros.
Para utilizar a dupla de meias, talvez seja preciso abrir mão de Wesley, hoje machucado. Com quatro homens que praticamente só atacam, não é tão primordial ter um volante ofensivo como ele. Colocar Marcelo Oliveira, mais leve e veloz, ao lado de um dos “brucutus” (França ou Eguren) parece ser a opção mais provável no momento, a não ser que Kleina abdique de Leandro, aproxime Bruno César de Kardec e jogue com três volantes.
Sem dúvida, é um problema saboroso para resolver. Mas se o resultado não vier, o trabalho consistente do treinador certamente será questionado.
4884 visitas - Fonte: Lancenet