Valdivia tem 218 jogos pelo Palmeiras (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)
O Choque-Rei deste domingo, às 16h, no Pacaembu, marcará o retorno de Valdivia ao Palmeiras após mais de três meses. No que depender do desempenho do chileno nos treinos da semana e de seu histórico diante do São Paulo, o jogo tem tudo para marcar também a volta da magia.
Na Academia, há quem tenha ironizado a volta inesperada do meia e agora esteja se espantando com sua dedicação excessiva.
Desde que voltou a trabalhar no clube, há dez dias, ele chegou cedo, fez dois períodos quando a comissão técnica pediu e "voou": se destacou em atividades físicas, ao completar os circuitos antes da maioria dos colegas, e em movimentações com bola, com disposição e inspiração.
Fora de campo, também demonstra comprometimento: na última semana, estava tentando saber quando será o sorteio dos duelos das oitavas de final da Copa do Brasil e quem o Verdão pode enfrentar.
Isso fez Gareca escalá-lo como titular mesmo depois de um grande período de inatividade: o Mago não joga desde 23 de junho, quando entrou no fim da derrota do Chile para a Holanda, pela Copa, e não deve suportar 90 minutos - ainda precisa readquirir resistência, e sua musculatura requer cuidados.
Pelo Palmeiras, o hiato é maior: sua última aparição foi em 10 de maio, na vitória sobre o Goiás, também no Pacaembu. Depois desse jogo, ele foi liberado para se apresentar à seleção com larga antecedência.
Voltou após a eliminação do Chile, mas logo viajou aos Emirados Árabes para assinar com o Al Fujairah. Não assinou, e mesmo assim ficou alguns dias na Disney de férias.
Neste intervalo, o clube fez 14 jogos sem o seu camisa 10 (ganhou seis, perdeu seis e empatou dois). O número é considerável, já que o armador foi a campo 16 vezes na temporada, uma de suas melhores em termos de preparo físico e lesões.
Contra o rival tricolor, ele costuma aprontar - embora acumula seis derrotas, quatro vitórias e quatro empates. Marcou gol e causou polêmica na vitória por 2 a 0 no Paulistão deste ano: passou bem perto de Rogério Ceni na comemoração e teve de saltar para não ser atingido pelo pé do goleiro.
Em 2008, já havia protagonizado cena semelhante após marcar na semi do Estadual. Também deixou o dele em goleada por 4 a 1, naquele mesmo torneio.
O VAIVÉM DO MAGO
Junho - Liberado pelo Palmeiras no dia 11 de maio – bem antes do prazo obrigatório estabelecido pela Fifa – o meia ficou com a seleção chilena até a eliminação para o Brasil nas oitavas de final, dia 23 de junho. Foi titular apenas na estreia, quando marcou gol contra a Austrália, e perdeu espaço. Tirou folga até o fim do mês.
Julho - Mago se apresentou ao Palmeiras no dia 3 de julho, e Gareca passou a treiná-lo no time titular. Ficou até o dia 12, quando o clube aceitou a proposta do Al Fujairah. A partir daí, não treinou mais: viajou para conhecer o que seria sua nova equipe e foi para a Disney curtir as férias. O negócio foi desfeito, mas ele permaneceu “sumido”.
Agosto - Volta e joga Valdivia reapareceu na Academia de Futebol no dia 6, uma quarta-feira. Trabalhou em dois períodos quinta, sexta e sábado, tirou folga no domingo, e voltou a fazer dois treinos segunda e terça. Ele segue o mesmo ritmo dos companheiros desde a última quarta-feira, e tem se destacado todos os dias. A volta será no Choque-Rei.
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