Mouche, disputando bola com brasileiro Gabriel Dias, elogiou elenco para argentinos (Cesar Greco/Ag Palmeiras)
Logo após converter o pênalti contra o São Paulo, Henrique acabou empurrando Allione enquanto tentava pegar a bola nas redes de Rogério Ceni e, na sequência, comemorar passando a mão no pescoço se dizendo degolador. O encontrão antes da comemoração fez torcedores usarem as redes sociais para indicar uma suspeita de racha no elenco, mas os argentinos avisam que até recomendaram o Palmeiras a compatriotas.
“Os estrangeiros não chegaram juntos, vieram aos poucos. Fui muito bem recebido em meu primeiro dia e todos que chegavam foram falando aos outros que o grupo do Palmeiras é muito bem, trabalhando com muita responsabilidade e compromisso com o clube. Por isso, decidiram vir para essa instituição”, comentou Mouche, um dos primeiros dos quatro argentinos contratados a chegar, sendo apresentando-se ao lado de Tobio.
Pivô da dúvida da torcida, Henrique se irritou com a acusação. “Muitos estão falando que nosso grupo está rachado por conta disso. Insinuar que exista algo meu contra o Allione é extremamente baixo. Quando os resultados não aparecem, qualquer ato se transforma em algo negativo para quem quer inventar. Sou um cara muito tranquilo e que se doa ao máximo dentro de campo”, disse o centroavante, através de sua assessoria de imprensa particular.
“Sendo um clássico, um pênalti àquela altura da partida, a primeira coisa que veio na minha cabeça foi buscar a bola. Quando corri, estava pilhado, nos chocamos e, na hora do susto, abri os braços, muito mais na ânsia de reiniciar o jogo. Foi algo extremamente casual, sem intenção de ser o que alguns quiseram enxergar. Conversei com ele e não tem nada errado. Não há anormalidade alguma entre a gente e nem no vestiário, mas sim a vontade geral de tirar o Palmeiras o quanto antes desta situação delicada”, prosseguiu Henrique.
Ao ser questionado sobre o assunto, Mouche sorriu, lembrando que acusações similares também ocorreram quando ele estava no Boca Juniors. “Já estou acostumado a esses temas. Sempre que uma equipe grande está em uma situação ruim, falam coisas que não acontecem”, apontou o argentino, titular do time que não ganha há nove rodadas e está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
O Palmeiras conta atualmente com quatro argentinos (Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo), dois uruguaios (Victorino e Eguren), um chileno (Valdivia) e um paraguaio (Mendieta). A comissão técnica ainda tem o treinador Ricardo Gareca e o preparador físico Néstor Bonillo, argentinos, e o auxiliar Sergio Santín, uruguaio. Todos ainda tentando se adaptar ao clube e ao Brasil em meio à falta de resultados.
“É um processo de adaptação que todo estrangeiro passa quando chega a um novo país com cultura e estilos de jogo e trabalho diferentes. Mas estamos tranquilos porque estamos dando o máximo pela camisa e pela equipe. Se os resultados fossem favoráveis, seria mais fácil, mas são coisas do futebol e temos que ser profissionais e comprometidos para superar”, indicou Mouche.
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