Sem Valdívia, Wesley jogou na última partida, contra o Sport(CESAR GRECO/AG PALMEIRAS/DIVULGAÇÃO)
Um dos grandes destaques do Palmeiras na série B do Brasileiro, em 2013, Wesley não tem vivido bons momentos desde o início do ano. As más atuações da contratação mais cara da história do clube têm irritado os torcedores e deixado também insatisfeito o técnico Ricardo Gareca. Ainda assim, a diretoria do alviverde abriu negociação para a renovação de contrato do meia, que termina em fevereiro de 2015, e disse à Justiça que não está economizando esforços para o novo acordo.
O assunto veio à tona por causa do imbróglio com o presidente do Criciúma, Antenor Angeloni, que cobra do alviverde valores milionários pela transferência do atleta, em 2012, por ter ajudado o então presidente Arnaldo Tirone na engenharia financeira do reforço.
Por causa da briga judicial, o Palmeiras teve suas cotas de televisão do Campeonato Brasileiro bloqueadas na ação, entre fevereiro e julho deste ano, cerca de R$ 8 milhões, dos quais quase R$ 4 milhões ainda seguem retidos em juízo. Só conseguiu a liberação no final do mês de julho, justamente por oferecer uma troca de bens que servem como garantia, tirando a TV Globo e dando os direitos econômicos de Wesley.
"Cumpre destacar que o Palmeiras está atuando ostensivamente para a renovação do contrato de trabalho do Wesley, de modo que, com o sucesso das tratativas, a tituralidade dos direitos econômicos, e da própria Angeloni, será automaticamente estendida para o novo período contratual", diz a defesa do Palmeiras no processo, na data de 28 de julho.
O meia deixou de ser titular do time de Gareca em meio à crise no clube. Reserva durante todo o tempo contra o São Paulo, ele voltou aos gramados contra o Sport, quando foi capitão, mas acabou substituído no intervalo.
No desembarque da delegação no aeroporto de Guarulhos, na última quinta-feira, depois de mais uma derrota, o atleta não quis comentar sobre sua situação. Ao ser questionado se ficou chateado com as recentes saídas da equipe, limitou-se a dizer "não, não".
Sem saber se ficará na reserva ou entre os titulares na próxima rodada, o jogador minimizou a pressão sofrida pelo time e falou da necessidade de recuperação imediata no Brasileiro.
"A pressão existe em todo lugar e temos de erguer a cabeça. Sabemos do momento, mas precisamos de tranquilidade e voltar a vencer", disse.
O Palmeiras, que está há dez rodadas sem vitórias no campeonato e caiu para a lanterna, com apenas 14 pontos, tentará colocar um fim na série negativa na noite deste sábado, contra o Coritiba, no Pacaembu.
Palmeiras tenta renovar com Wesley
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