Zinho relembra máquina palmeirense de 1993/94: "Foi a Terceira Academia"

24/8/2014 10:20

Zinho relembra máquina palmeirense de 1993/94: "Foi a Terceira Academia"

Ex-meia, hoje gerente de futebol do Santos, conta a trajetória do supertime montado pela Parmalat e que conquistou dois títulos paulistas e dois brasileiros

Zinho relembra máquina palmeirense de 1993/94:

Na década de 1960, Filpo Nunez comandou o Palmeiras, que virou seleção brasileira por um dia em 1965 e empolgou o país com o seu futebol acadêmico no Torneio Rio-São Paulo do mesmo ano.



Ali nasceu a Academia alviverde, eternizada em sua segunda edição, na década de 1970, com o inesquecível time de Oswaldo Brandão, escalado de cor por todos torcedores com Leão, Eurico, Luis Pereira, Alfredo e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu, Leivinha, César e Nei.



De lá para cá, depois de enfrentar um jejum de 17 anos, o Verdão conseguiu conquistar a América, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro, a Copa Mercosul e ainda conseguiu montar um esquadrão que marcou mais de cem gols numa única edição de um Paulistão.



Mas, com a experiência de quem pegou duas fases da era Parmalat, o ex-meia Zinho, hoje gerente de futebol do Santos, não tem dúvida ao citar o time palmeirense comandado por Vanderlei Luxemburgo em 1993:



– Acho que esse time poderia ser considerado como uma terceira Academia. Pela maneira como jogava, pelos títulos conquistados. Esse time deu espetáculo. Nós metemos seis no Boca Juniors no Parque Antarctica. Ganhamos jogos de times qualificados e jogando bem, dando espetáculo. Era um futebol que aliava disciplina, competitividade e a parte tática, e com jogadores que faziam arte também com dribles e lances individuais – diz Zinho.



– Era uma técnica acima da média. Quando um time cede oito jogadores para a seleção brasileira ele pode ser considerado também, mas sem comparações com as outras Academias, que foram brilhantes – completa.





Zinho comemora gol na final do Paulistão de 1993 (Foto: Masao Goto Filho / Agência Estado)

Grande ídolo da torcida palmeirense e um dos heróis das históricas conquistas do Paulistão de 1993 e da Libertadores de 1999, o ex-meia marcou época no clube. Os 333 jogos com a camisa alviverde o fizeram criar um laço afetivo muito grande com os torcedores, o que acabou até protagonizando episódios curiosos.



– Eu encontro o pessoal de 30 e poucos anos que fala que viu esse time jogar, que virou palmeirense por causa desse time. Lembro uma vez que um torcedor me encontrou e disse que meu nome (Crizam) era feio pra caramba, mas que tinha colocado no filho dele também. Não sei se o apelido do garoto é Zinho, mas seria legal (risos) – brinca.



Depois de uma passagem vitoriosa na primeira fase da era Parmalat, Zinho se transferiu para o futebol japonês com os amigos César Sampaio e Evair. E, ao lado dos dois, foi escolhido por Felipão para retornar ao clube no fim da década de 1990 e fazer parte do projeto que tinha como objetivo conquistar a Taça Libertadores da América.





Zinho, em foto tirada no ano passado, antes de assumir como gerente de futebol do Santos (Foto: Sergio Gandolphi)



Titular absoluto do meio de campo alviverde ao lado de Alex, o ex-meia viveu emoções diferentes na competição continental. Depois de marcar o gol de pênalti que eliminou o Corinthians e garantiu o Verdão nas semifinais do torneio, ele desperdiçou a primeira cobrança na decisão contra o Deportivo Cali, no Palestra Italia.



– Nós ganhamos bem o primeiro jogo, mas perdemos na segunda partida. O jogador sabe que a disputa de pênalti marca o atleta que perde uma cobrança. Ali poderia acabar com o sonho da nossa torcida e colocar o nome na história do rival. Quando eu saio do meio de campo para ir bater parecia que eu não ia chegar.



Aquele caminho de 50 metros parece que tem 5 mil quilômetros Eu bati o quarto o pênalti e sabia que era só fazer porque eles já tinham perdido. Minha perna estava pesando uns 200 quilos. Foi a maior pressão que eu tive, nunca tinha sentido aquilo. Não foi técnico nem treinamento, eu só chutei – relembra, antes de citar o lance da final da Libertadores.



– No jogo contra o Corinthians eu fui humilde de reconhecer que não estava bem para bater. Já no jogo da decisão, o Evair tinha sido expulso e o Arce substituído.



O time era jovem. Na hora de escolher o primeiro batedor me veio um excesso de confiança. Fui muito confiante e bati como eu treinava. A pancada foi forte, subiu e pegou no travessão. Aí caiu o mundo. Mas mesmo perdendo eu continuei confiante. Eu confiava que um pênalti eles iam perder – completa.





Zinho exibe a imagem do time campeão paulista em 1993 (Foto: Sergio Gandolphi)

Um dos maiores vencedores do futebol brasileiro, Zinho teve carreira de sucesso em clubes como Flamengo, Grêmio e Cruzeiro. Mas foi no Palmeiras, apesar da origem rubro-negra, que o hoje dirigente do Santos afirma ter consolidado a sua marcante carreira no futebol.



Mesmo distante do clube, ele continua presente na lembrança dos torcedores. Segundo o ex-jogador, os seis anos em que vestiu a camisa do Palmeiras foram marcantes o suficientes para ele ser eternamente lembrado na história do clube.



– O Palmeiras faz parte da minha vida. Eu vou partir desse mundo um dia e meu nome vai continuar vivo através do clube. O Palmeiras vai possibilitar que eu não morra. Por eu ter jogado no clube e conquistado títulos importantes o meu nome vai estar na mente dos torcedores, até daqueles que não me viram jogar.



Daqui a 100 anos eu não vou estar aqui, mas alguém vai ter falado para alguma pessoa que eu joguei no Palmeiras e ganhei títulos. Pelo clube eu nunca vou morrer – finaliza.







10596 visitas - Fonte: Ge

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