O termo "clutch" é usado no basquete para definir o jogador frio e habilidoso capaz de resolver os jogos nos momentos mais difíceis com um lance de precisão.
No futebol, o adjetivo se encaixa perfeitamente ao meia Mendieta. Dos seis gols marcados pelo paraguaio com a camisa do Palmeiras, cinco foram cruciais em empates ou vitórias. Em 2014, ele já garantiu o 1 a 1 com o Osasco Audax e os 3 a 2 diante da Ponte Preta.
- Quando entro, tento demonstrar que posso ser titular. Sei a responsabilidade que carrego e tento fazer bem as coisas. Tenho frieza e tento me manter assim mesmo com o jogo mais quente, sou mais calmo - disse o jogador, em entrevista ao LANCE!Net.
Apesar de não conhecer o termo "clutch" e de mostrar pouca desenvoltura para controlar a bola com a mão, Mendieta é fã de basquete e tem até uma fonte de inspiração: o ala-armador argentino Manu Ginobili, tricampeão da NBA, liga americana de basquete, e destaque do ouro olímpico de sua seleção em 2004. Um exemplo de jogador decisivo e ídolo do San Antonio Spurs, time do qual o paraguaio diz ser um admirador.
- Ginobili para mim é como o Riquelme no futebol. Muitas vezes ele coloca a bola embaixo das pernas do adversário, tem bastante imagem disso. É um jogador fantástico - disse, sem esconder a idolatria por Juan Román Riquelme, do Boca Juniors, outro craque nascido na Argentina.
Elogiado por Kleina, Mendieta não tem sido só o reserva mais decisivo. Ele é também o mais utilizado, mas não se satisfaz com a fama de quem entra para decidir. A ideia é ser um "clutch" titular, e a difícil disputa será com Valdivia e Bruno César.
- O jogador tem que estar acostumado a ser titular, não a ficar sempre na reserva. Desde que cheguei digo que vim para jogar. Sei que tenho de trabalhar duro para ficar na equipe. Agora tenho uma sequência, quero manter o ritmo, e quando puder jogar de titular ir bem - completou o camisa 8, que já driblou o seu maior adversário no futebol brasileiro.
O português, embora longe da perfeição, já está mais afiado. Agora ele se dedica até a ensinar o chamado "portunhol" aos colegas brasileiros.
- Alguns entram no meio quando falamos espanhol, porque gostam, querem aprender. O Leandro e o Vinicius sempre vêm para escutar.
E estão conseguindo aprender?
- É... Complicado (risos).
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