Toninho Cecílio quando jogador do Palmeiras (Foto: Arquivo LANCE!)
Toninho Cecílio viveu a pressão do jejum entre o fim da década de 1980 e início da de 1990, e foi conseguir seu primeiro título pelo clube apenas quando voltou como dirigente, em 2008.
No centenário do Verdão, o atual treinador se coloca como um "grão de areia" na história do clube, que nesta terça-feira celebra aniversário.
- Para mim, o centenário é algo muito grande, importante na minha vida. Foi meu primeiro clube, aquele que me formou. Saí da minha família para entrar no Palmeiras, conviver com pessoas no clube. Sou um grão de areia na história do clube - disse, ao LANCE!Net.
- O Palmeiras me ajudou a me formar como profissional, e com isto você grava, nutre um carinho diferente. Joguei por outros clubes importantes, mas isto nunca vai acabar, o sentimento de gratidão - acrescentou.
O então defensor tornou-se titular em 1987, quando a fila palmeirense já atingia dez anos. Fez 267 partidas com a camisa alviverde, e deixou o clube em 1992, um ano antes de o clube voltar a conquistar taças, quando venceu o Paulista, no dia 12 de junho de 1993. Seu retorno ao clube foi já como gerente de futebol, cargo que ocupou entre março de 2007 e janeiro de 2010. Nesta função, venceu o Paulista de 2008.
Toninho Cecílio como dirigente do Palmeiras (Foto: Tom Dib/LANCE!Press)
- (O título de 2008) Representou muito para mim, mas valorizo também termos pegado o Palmeiras depois de quase cair em 2006 e colocar a equipe no pelotão de cima.
Foram três anos brigando por Libertadores, títulos. Aquela conquista foi muito importante, mas eu queria também o Brasileiro de 2009 - explicou.
Durante as duas vezes em que passou pelo Verdão, Toninho teve de lidar com a cobrança. Seja pela fila, ou por falhas como o término ruim de campanha no Brasileiro de 2009, em que depois de liderar, o time nem foi para a Libertadores. Questionado se há relação com a pressão atual, de um time que luta para não cair, ele não concordou.
- Nunca passamos perto do rebaixamento. Eram épocas diferentes, a gente batia na trave em relação a títulos (como jogador), e como dirigente a gente brigou no pelotão de cima.
As cobranças eram porque perdia a liderança, saía do G4, perdia uma final...o Palmeiras tem uma história construída de vitórias e títulos. A pressão é algo natural - disse Toninho Cecílio, que deu seu apoio à atual diretoria.
- Eu só posso estender a mão, ser solidário ao Omar (Feitosa, gerente de futebol), ao Brunoro (diretor-executivo), ao Paulo Nobre (presidente), grandes amigos que fiz nesta carreira. São pessoas que a gente torce para que consiga passar por esta dificuldade - encerrou.
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