100 anos de Palmeiras: De 1954 a 63, surge a Academia e um supercampeão

Após as glórias, torcida viveu primeira época de vacas magras antes de tornar-se ‘supercampeã’ paulista e ver a Primeira Academia ser montada

Verdão começando a dominar o Brasil (arte de Henrique Assale)



'Visão da década', por Márcio Trevisan (jornalista e historiador palmeirense)



Os anos 50 começaram muito felizes para o Palmeiras, com a conquista das cinco coroas (Paulista/50, Taça Cidade de São Paulo/50, Rio-São Paulo/51, Copa Rio/51 e Taça Cidade de São Paulo/51). Porém, após tantas glórias, o time entrou em uma fase ruim, montando times bem inferiores aos que já se acostumara a torcida palmeirense.



O resultado disso foi o primeiro grande “jejum” enfrentado pelo futebol palmeirense, que durou de 1951 a 1960, quando em janeiro daquele ano a equipe faturou o Supercampeonato Paulista. Antes, porém, de chegarmos a este fato, vale a menção a dois atletas que, mesmo sem terem sido campeões pelo Verdão, entraram para a história pelo inquestionável talento: o meia Humberto Tozzi e o centroavante Mazzola.




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Mas voltemos a 1959. Com duas equipes fantásticas, Palmeiras e Santos terminaram o Campeonato Paulista daquele ano empatados, o que gerou a disputa do título numa melhor de quatro pontos (vale lembrar que, na época, as vitórias valiam somente dois pontos, e não três, como hoje).



Após empates nas duas primeiras partidas, uma terceira foi disputada e, nela, o Verdão venceu por 2 a 1. A disputa foi tão acirrada e emocionante que a imprensa chamou aquele Paulistão de “Supercampeonato”, e o Palmeiras ficou, assim, conhecido como “Supercampeão”. Seria só a primeira vez que os palmeirenses fariam Pelé chorar.







Isso porque foi justamente no primeiro ano da década dos 60 que começou a ser montada a Primeira Academia. Valdir; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Julinho, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo é o time que todo palmeirense tem na ponta da língua – isso sem contar suplentes de qualidade quase idêntica à dos titulares.



Esses jogadores – e mais outros que chegaram posteriormente, com destaque principalmente a César Maluco – impediram que o Peixe faturasse 10 títulos paulistas seguidos, pois venceram o Paulistão de 1963 e de 1966, além de terem faturado a Taça Brasil de 1960, hoje reconhecida como um título brasileiro.



NÚMEROS DO PALMEIRAS DE 1954 A 1963:



Vitórias: 395

Empates: 131

Derrotas: 167

Total de jogos: 693



O MUNDO NO PERÍODO:



1954

O ex-presidente do Brasil Getúlio Vargas suicidou-se no Rio de Janeiro no dia 24 de agosto.



1955

A Guerra do Vietnã teve início no dia 1 de novembro.



1956

Juscelino Kubitschek iniciou seu mandato na presidência do Brasil no dia 31 de janeiro.



1959

Ano marcado pela Revolução Cubana, que teve em Fidel Castro um líder do movimento armado na ilha do Caribe.



1961

O russo Yuri Gagarin entrou para a história ao ser o primeiro cosmonauta a viajar ao espaço, em 12 de abril.

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