A seleção de todos os tempos do Palmeiras na visão de Roberto Avallone (Foto: Reprodução SporTV)
O Palmeiras completa um século de idade nesta terça-feira com uma trajetória marcada por grandes ídolos e conquistas. Dessa forma, escalar o melhor time de todos os tempos do Verdão é uma tarefa árdua. O jornalista Roberto Avallone, torcedor declarado do Alviverde, apontou a sua seleção no "Redação SporTV" e foi obrigado a deixar alguns destaques de fora. O goleiro Marcos, para muitos o principal ícone do clube, acabou dando lugar a Valdir Joaquim de Moraes. O atacante Evair, campeão brasileiro e da Taça Libertadores, teve de se contentar com o segundo lugar como centroavante, dando espaço a Mazzola.
Na zaga, Avallone escalou Luís Pereira e Djalma Dias. Nas laterais, as vagas são de Djalma Santos e Roberto Carlos. Dudu, no meio, cercado por Chinesinho e Ademir da Guia marcam o meio-campo alviverde. No ataque, além de Mazzola, a presença garantida de Rivaldo e Julinho Botelho. Confira a lista abaixo:
Valdir Joaquim de Moraes, o goleiro
- Votei nele porque foi goleiro titular do Palmeiras de 1958 a 1968, de forma ininterrupta. O Marcos foi mais espetacular, mas o Valdir foi mais regular que o Marcos. Tanto que o Marcos ficou muito tempo no Palmeiras machucado, e o Valdir jogou sempre. É São Marcos, mas aí é "São São Valdir". Ele defendeu três pênaltis cobrados por Pedro Rocha em 1965 no torneio do quarto centenário do Rio de Janeiro, no Maracanã. Defendeu pênalti cobrado por Mané Garrincha. Nunca levou um frango. Para mim, perdão, com todas as honras a São Marcos, eu o escalei. É o melhor goleiro de todos os tempos do Palmeiras.
Dupla de zaga com Luís Pereira e Djalma Dias
- Luís Pereira, baiano de Juazeiro, é o maior zagueiro central que vi jogar. Djalma Dias, outro grande zagueiro. Foi quarto zagueiro da seleção brasileira de João Saldanha.
Djalma Santos e Roberto Carlos, os laterais
- O que falar de Djalma Santos? Além de um excelente lateral, gostava de dar chapéu no meu amigo Pepe. Na lateral-esquerda, antes, para mim, era o Geraldo Scotto. Mas apareceu o Roberto Carlos que tinha um chute mortífero, mortal.
Dudu, Chinesinho e Ademir da Guia no meio-campo
- No meio-campo, Dudu. Era a estabilidade em campo e a liderança. Dava suporte ao maior jogador de todos os tempos do Palmeiras, Ademir da Guia. À direita, escalei Chinesinho, que foi outro grande jogador. Vencendo no olho mecânico do "photochart" a Jair Rosa Pinto. Chinesinho foi fantástico.
Julinho Botelho, Mazzola e Rivaldo, no ataque
- Júlio Botelho é meu ídolo no futebol. Foi campeão paulista de 59, em 62, campeão da Taça do Brasil em 60. Centroavante, que me perdoe o Evair, que é o segundo. Nunca vi ninguém jogar bola como esse loiro Mazzola. Campeão do mundo em 58, está até hoje na Itália. Na ponta esquerda, Rivaldo, que dispensa comentários. Em 2002, para mim foi o melhor jogador do Brasil na Copa.
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