Giovanni Capalbo nunca entrou em campo, mas fez parte da história centenária da Sociedade Esportiva Palmeiras. A partir desta quarta-feira, a Gazeta Esportiva exibe o documentário “O Incrível João Gaveta”, apelido pelo qual o torcedor-símbolo do clube era conhecido.
Por atribuir todas as derrotas do Palmeiras à arbitragem, alegando que o “juiz estava na gaveta”, ele ganhou o inusitado apelido. João Gaveta, falecido em 1984, foi enterrado no túmulo oficial do clube, localizado no Cemitério do Araçá, ao lado dos ex-jogadores José Romeiro e Segundo Villadoniga.
Nascido na Itália, ele imigrou para o Brasil ao lado da família e começou a acompanhar os jogos da equipe nos estádios justamente a partir da Arrancada Heroica – obrigado a mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras no contexto da Segunda Guerra Mundial, o time venceu o São Paulo e conquistou o Paulista 1942 no Pacaembu.
João Gaveta passou a frequentar o Palmeiras diariamente e torcia pelo clube em todas as modalidades, do basquete ao hóquei sobre patins. Personagem folclórico, superou as próprias limitações para ser considerado o torcedor-símbolo, com permissão para viajar ao lado da delegação e acesso ao vestiário.
A partir do depoimento de ídolos como Ademir da Guia, Dudu, César Maluco e Levinha, além das memórias dos amigos e de entrevistas com historiadores palmeirenses, o documentário O Incrível João Gaveta reconstrói a trajetória do torcedor-símbolo.
A produção, iniciada em 2012 e concluída em 2014, mostra as obras no estádio Palestra Itália e cita alguns dos principais momentos da história centenária da agremiação, como a Arrancada Heroica e os títulos da Academia. O filme ainda trata da elitização do futebol e suas consequências.
O Incrível João Gaveta contou com apoio da Gazeta Esportiva.net e fotos da Agência Gazeta Press. O documentário, dividido em três episódios de aproximadamente 15 minutos, será exibido entre quarta e sexta-feira, na semana em que o Palmeiras comemora os 100 anos de fundação.
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