Reforma está perto da conclusão (FOTO: Divulgação/Allianz Parque)
A WTorre montou um cronograma em que o jogo contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, em 8 de novembro, está previsto para ser o primeiro do Palmeiras em seu novo estádio.
Mas a arrastada "briga das cadeiras" pode manter o Allianz Parque fechado até o fim da arbitragem, que está em andamento e será concluída entre oito e 12 meses, de acordo com envolvidos.
Palmeiras e WTorre precisam entrar em acordo para que o uso comercial da arena seja permitido enquanto o parecer da arbitragem não sai. A maior discussão é sobre o percentual de cadeiras que cada parte tem direito a comercializar.
Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, reuniu-se com Paulo Remy, CEO da WTorre, e recusou uma proposta de acordo temporário. A ideia da diretoria alviverde é de que o acordo, se houver, seja definitivo.
O Palmeiras já apresentou um dossiê de documentos para sustentar sua posição e uma audiência com os três árbitros responsáveis pelo caso vai ocorrer nos próximos dias.
O clube está certo de que tem razão, e quer que a parceira pague uma multa pelos diversos atrasos na obra e por outros itens do contrato que considera não terem sido cumpridos. O valor estipulado é de R$ 13 milhões.
Nobre já avisou repetidas vezes que não tem pressa para ver o estádio, cujas obras já ultrapassaram os 95% de conclusão, aberto novamente. Ele também admite que não descarta a possibilidade de terminar 2014, ano do centenário, alugando o Pacaembu para o time jogar.
- O palmeirense pode não ter a arena no ano do centenário do clube. Seria triste. Eu, que sou o representante do clube por estar presidente, ficaria muito chateado.
Mas como dirigente tenho que ter a responsabilidade de saber o que é mais importante para o clube. Melhor do que ter pressa e vaidade de inaugurar a arena na minha gestão. Eu não tenho a menor vaidade - disse o mandatário, em março, ao LANCE!Net.
O Palmeiras vê a construtora pressionada para a reinauguração, o que facilitaria um acordo definitivo. O principal motivo é que a WTorre, que já gastou cerca de R$ 630 milhões na reforma, corre risco de perder a chance de lucrar com conversas encaminhadas pela AEG, administradora da arena.
Paul McCartney negocia para fazer show no local em novembro, no que seria o primeiro evento com toda a capacidade liberada. Os Rolling Stones também adiantaram a negociação para o início do ano que vem.
Como Paulo Nobre recusou a proposta de acordo, esses shows, hoje, não poderiam ser realizados no Allianz Parque. No panorama atual, são permitidas apenas atividades sem uso comercial e que sejam consideradas necessárias para o avanço das obras, como a exibição do filme oficial do centenário para três mil convidados, que será o primeiro evento-teste, no dia 13 de setembro.
Depois disso, a ideia da construtora é ter, toda semana, jogos não oficiais e outros eventos pequenos, com aumento gradual da capacidade.
ENTENDA O ATRITO:
A WTorre diz:
Julga ter direito a comercializar todas as cadeiras, repassando porcentagens crescentes ao clube: 5% do valor arrecadado nos cinco primeiros anos, 10% nos cinco anos seguintes e assim por diante – o contrato tem 30 anos de validade. O Palmeiras não teria autonomia para definir o preço dos ingressos.
O clube diz:
Na visão do Palmeiras, a WTorre pode vender só 10 mil cadeiras especiais. As do clube não seriam vendidas, mas reservadas para sócios-torcedores (hoje são cerca de 42.428, sendo que a capacidade do estádio é de 43.700). A construtora sugere envolver os sócios-torcedores na venda de cadeiras coordenada por ela.
A escritura diz:
Revelado pelo LANCE!Net em outubro de 2013 (veja aqui), o documento cita "10 mil cadeiras especiais" em seu item 2.2.1. Segundo o Palmeiras, são esses os assentos da WTorre. O item 4.9, porém, informa que "o direito de uso de cadeiras e camarotes será comercializado pela WTorre", sem o termo "especiais". Aí está o conflito.
Renda dos jogos
As duas partes concordam: é 100% do Palmeiras. A comercialização, pivô da briga, não muda o fato de que até mesmo donos de cadeiras terão de comprar ingressos por jogos.
Naming rights
A WTorre vendeu o nome do estádio para a Allianz por R$ 300 milhões, divididos em 20 anos, com cláusula para renovar por mais dez. Nos cinco primeiros, a construtora repassa 5% ao clube, e o valor cresce 5% a cada cinco anos.
Camarotes
WTorre comercializa os camarotes e repassa 5% do valor nos primeiros cinco anos. O valor cresce na mesma proporção do item anterior.
50421 visitas - Fonte: Lancenet!
É um lindo estádio para a segunda divisão !!!!!!
PAULO NOBRE NAO DA O BRAÇO A TORCER E SÓ ESTÁ AFUNDANDO O PALMEIAS.
ELE NÃO ACEITA O ACORDO POIS QUER ESTREIAR A ARENA NO ANO QUE VEN, NA SEGUNDA DIVISÃO
SAI DAI PAULO NOBRE