WTorre já prevê jogo do Verdão, mas briga pode manter arena fechada

29/8/2014 07:40

WTorre já prevê jogo do Verdão, mas briga pode manter arena fechada

Ideia é que Allianz Parque receba o Verdão em novembro, mas 'guerra das cadeiras' pode adiar abertura por mais um ano. Construtora tenta acordo temporário, clube recusa

WTorre já prevê jogo do Verdão, mas briga pode manter arena fechada

Reforma está perto da conclusão (FOTO: Divulgação/Allianz Parque)



A WTorre montou um cronograma em que o jogo contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, em 8 de novembro, está previsto para ser o primeiro do Palmeiras em seu novo estádio.



Mas a arrastada "briga das cadeiras" pode manter o Allianz Parque fechado até o fim da arbitragem, que está em andamento e será concluída entre oito e 12 meses, de acordo com envolvidos.



Palmeiras e WTorre precisam entrar em acordo para que o uso comercial da arena seja permitido enquanto o parecer da arbitragem não sai. A maior discussão é sobre o percentual de cadeiras que cada parte tem direito a comercializar.



Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, reuniu-se com Paulo Remy, CEO da WTorre, e recusou uma proposta de acordo temporário. A ideia da diretoria alviverde é de que o acordo, se houver, seja definitivo.



O Palmeiras já apresentou um dossiê de documentos para sustentar sua posição e uma audiência com os três árbitros responsáveis pelo caso vai ocorrer nos próximos dias.



O clube está certo de que tem razão, e quer que a parceira pague uma multa pelos diversos atrasos na obra e por outros itens do contrato que considera não terem sido cumpridos. O valor estipulado é de R$ 13 milhões.



Nobre já avisou repetidas vezes que não tem pressa para ver o estádio, cujas obras já ultrapassaram os 95% de conclusão, aberto novamente. Ele também admite que não descarta a possibilidade de terminar 2014, ano do centenário, alugando o Pacaembu para o time jogar.



- O palmeirense pode não ter a arena no ano do centenário do clube. Seria triste. Eu, que sou o representante do clube por estar presidente, ficaria muito chateado.



Mas como dirigente tenho que ter a responsabilidade de saber o que é mais importante para o clube. Melhor do que ter pressa e vaidade de inaugurar a arena na minha gestão. Eu não tenho a menor vaidade - disse o mandatário, em março, ao LANCE!Net.



O Palmeiras vê a construtora pressionada para a reinauguração, o que facilitaria um acordo definitivo. O principal motivo é que a WTorre, que já gastou cerca de R$ 630 milhões na reforma, corre risco de perder a chance de lucrar com conversas encaminhadas pela AEG, administradora da arena.



Paul McCartney negocia para fazer show no local em novembro, no que seria o primeiro evento com toda a capacidade liberada. Os Rolling Stones também adiantaram a negociação para o início do ano que vem.



Como Paulo Nobre recusou a proposta de acordo, esses shows, hoje, não poderiam ser realizados no Allianz Parque. No panorama atual, são permitidas apenas atividades sem uso comercial e que sejam consideradas necessárias para o avanço das obras, como a exibição do filme oficial do centenário para três mil convidados, que será o primeiro evento-teste, no dia 13 de setembro.



Depois disso, a ideia da construtora é ter, toda semana, jogos não oficiais e outros eventos pequenos, com aumento gradual da capacidade.



ENTENDA O ATRITO:



A WTorre diz:

Julga ter direito a comercializar todas as cadeiras, repassando porcentagens crescentes ao clube: 5% do valor arrecadado nos cinco primeiros anos, 10% nos cinco anos seguintes e assim por diante – o contrato tem 30 anos de validade. O Palmeiras não teria autonomia para definir o preço dos ingressos.



O clube diz:

Na visão do Palmeiras, a WTorre pode vender só 10 mil cadeiras especiais. As do clube não seriam vendidas, mas reservadas para sócios-torcedores (hoje são cerca de 42.428, sendo que a capacidade do estádio é de 43.700). A construtora sugere envolver os sócios-torcedores na venda de cadeiras coordenada por ela.



A escritura diz:

Revelado pelo LANCE!Net em outubro de 2013 (veja aqui), o documento cita "10 mil cadeiras especiais" em seu item 2.2.1. Segundo o Palmeiras, são esses os assentos da WTorre. O item 4.9, porém, informa que "o direito de uso de cadeiras e camarotes será comercializado pela WTorre", sem o termo "especiais". Aí está o conflito.



Renda dos jogos

As duas partes concordam: é 100% do Palmeiras. A comercialização, pivô da briga, não muda o fato de que até mesmo donos de cadeiras terão de comprar ingressos por jogos.



Naming rights

A WTorre vendeu o nome do estádio para a Allianz por R$ 300 milhões, divididos em 20 anos, com cláusula para renovar por mais dez. Nos cinco primeiros, a construtora repassa 5% ao clube, e o valor cresce 5% a cada cinco anos.

Camarotes

WTorre comercializa os camarotes e repassa 5% do valor nos primeiros cinco anos. O valor cresce na mesma proporção do item anterior.











50421 visitas - Fonte: Lancenet!

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É um lindo estádio para a segunda divisão !!!!!!
PAULO NOBRE NAO DA O BRAÇO A TORCER E SÓ ESTÁ AFUNDANDO O PALMEIAS.

ELE NÃO ACEITA O ACORDO POIS QUER ESTREIAR A ARENA NO ANO QUE VEN, NA SEGUNDA DIVISÃO


SAI DAI PAULO NOBRE

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