Gareca cabisbaixo durante a derrota (Foto: Ari Ferreira/ LANCE!Press)
Após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, neste sábado, no Pacaembu, o técnico Ricardo Gareca afirmou que vai com o Palmeiras "até as últimas consequências". Acompanhado de perto pelo vice-presidente Maurício Precivalle, ele mostrou firmeza em sua entrevista coletiva, várias vezes elevando o tom de voz: admitiu que vive a pior fase da carreira, mas afirmou que é a melhor opção para o clube hoje.
- Estou convencido do meu trabalho, do que posso dar. Se a diretoria confia, vamos seguir até as últimas consequências. Quero brigar até o fim, e vou brigar. De minha parte é isso. Acredito nos jogadores e quero devolver a confiança que a diretoria me deu por me contratar, não quero ir desta maneira - declarou o argentino, que venceu apenas uma partida pelo Brasileirão.
- Dirigir no Brasil, no Palmeiras, é o melhor que aconteceu na minha carreira. Quero seguir porque não quero deixar o Palmeiras nesta situação. É difícil, o Palmeiras teve duas quedas em sua história. Eu nunca tive, nem como jogador, nem como técnico, e não quero isso - acrescentou.
O técnico ainda explicou sua escalação ousada, com apenas um volante e cinco jogadores ofensivos, dizendo que este é seu estilo e que uma equipe grande não pode jogar para se defender. A formação utilizada contra o Colorado, que não deu certo, não foi trabalhada em nenhum treino.
- Jogo para ganhar, é meu estilo, e o Palmeiras é grande, não tem que se defender. O Palmeiras é igual a qualquer time, não quero essa mentalidade (de priorizar a defesa), comigo não. O Palmeiras tem que sair para ganhar em qualquer estádio, e tem que estar preparado. Posso me equivocar na escalação, isso posso reconhecer, mas não quero que o Palmeiras se defenda. O Palmeiras pode perder três jogos e ganhar um, o que é igual a três empates. Tem que ter mentalidade vencedora, porque é grande, tem torcida.
O momento é difícil, mas tem sempre que ter mentalidade ganhadora. A diretoria quer isso, senão não teria me contratado, porque onde estive as equipes jogavam bem, tratavam de ganhar, não de esperar. Senão teriam que contratar outro treinador - disse.
- Eu quero o melhor para o Palmeiras, e penso que neste momento sou o melhor. Tenho fé em mim. Se a diretoria pensa outra coisa, eu escuto. Mas quero o melhor e creio que o comando técnico pode dar volta nesta história. Não quero ser uma pedra no caminho do Palmeiras.
Multicampeão pelo Vélez Sarsfield na Argentina, Gareca diz que a situação adversa inédita na carreira pode servir de aprendizado:
- Eu tive outros momentos difíceis, mas este é o pior momento, nunca vivi uma situação como essa. São experiências que fazem as pessoas crescerem. Você cresce nas boas e nas más experiências. Estou acostumado a cumprir os contratos, entendo que é a maneira certa de trabalhar. Mas não quero ser um estorvo no Palmeiras, mas tenho confiança - completou.
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