Encontro reuniu ex-jogadores e torcedores em Mogi das Cruzes (Foto: Bruno Rocha)
Nem mesmo a má fase do Palmeiras fez a torcida deixar de comemorar o centenário do alviverde na tarde deste domingo, em Mogi das Cruzes.
Mil e duzentos palmeirenses participaram de um evento na cidade pelo aniversário de 100 anos do clube. Parte da bateria da escola de samba Mancha Verde e uma banda da cidade ficaram responsáveis pela animação da festa. Também estiveram presentes os ex-jogadores Tonhão, Flávio Guapira, Adãozinho, Amaral e Sérgio.
O ex-goleiro foi um dos mais assediados por quem passou pela festa e atendeu a todos, tirou fotos, autografou camisas e fez questão de agradecer a recepção. Goleiro titular no histórico título paulista de 1993, ele também aproveitou para elogiar Fábio, o atual defensor da meta palmeirense.
- Tem o talento, tem o dom e foi escolhido para estar ali. A gente, do lado de fora, tem que ajudar, incentivar e dar alguns toques. Ele é muito jovem, com um potencial muito grande e está preparado - disse Sérgio.
Adãozinho e Flávio Guapira ressaltaram a experiência de poder comemorar o aniversário ao lado da torcida.
- É muito especial. É uma emoção que a gente sente poder comemorar os 100 anos do Palmeiras – disse o ex-volante Flávio Guapira, que jogou entre os anos de 2000 e 2001.
- É maravilhoso estar participando de uma festa como palmeirense. Dá até vontade de voltar a jogar futebol – falou Adãozinho, assumindo o time do coração.
Torcedores aproveitam oportunidade para registrar momento com ídolo Sérgio (Foto: Bruno Rocha)
A situação delicada no Campeonato Brasileiro também foi assunto entre os ex-jogadores. Depois da derrota para o Internacional no último sábado, o Palmeiras acumulou sua décima primeira derrota em 18 jogos. Todos que vieram à Mogi reconhecem que a fase é difícil e torcem para que o time saia logo da incômoda colocação na tabela.
- A fase é triste. A torcida está fazendo a parte dela, agora os jogadores têm de fazer a deles – criticou o ex-volante Amaral.
Tonhão prestigia encontro de palmeireses em Mogi das Cruzes (Foto: Bruno Rocha)
- Infelizmente existem as dificuldades, mas o Palmeiras é grande. Tem que unir forças e quem jogar tem de representar muito bem. Eu acho que não vai cair (pra série B) e espero que possam fazer melhor no ano que vem – disse Tonhão.
O antigo dono da camisa 4 palmeirense também elogiou a cidade e lembra o tempo que passou por Mogi.
- Eu fiz faculdade aqui, fiz o curso de Educação Física. Naquela época pegava trem pra vir pra cá. Mogi era um ícone em São Paulo - relembrou o ex-zagueiro.
Quem passou pela festa pôde ver também uma parte da incrível coleção de camisas de um torcedor fanático. Caio Wilmers Manço tem 314 camisas do Palmeiras e levou cerca de 30 para exposição, inclusive uma especial do ex-goleiro Marcos, que ele fez questão de deixar em destaque.
- Essa aqui ele autografou com meu nome e tenho a chuteira assinada também - disse Caio.
Colecionador de objetos do Palmeiras expõe suas peças no encontro de palmeirenses (Foto: Bruno Rocha)
O organizador do evento, Sérgio Miranda, diz que, como é difícil conseguir a presença de ídolos do presente por conta de compromissos deles, trazer ídolos do passado pra cidade faz com que a torcida se aproxime mais da história do Palmeiras.
- No Brasil não há uma tradição de se valorizar ídolos do passado, por isso faço questão de, nesses encontros, trazer esses jogadores e dá nisso, todos querendo chegar perto, tirar fotos. Isso é muito gratificante – disse.
13572 visitas - Fonte: Ge