Gareca venceu Coritiba, empatou com Bahia e perdeu os outros sete jogos no Brasileirão
Os resultados de Gareca à frente do Palmeiras nunca foram bons, mas o treinador argentino só agora está ameaçado de demissão. A derrota para o Inter por 1 a 0, sábado, acabou com a paciência de quase todos os aliados do presidente Paulo Nobre.
A consequência: o estafe de Nobre já não é capaz de garantir que Gareca será o comandante alviverde até o fim do Campeonato Brasileiro, como havia ocorrido após outros tropeços.
A revolta dos cartolas tem a ver com a forma como o Palmeiras perdeu pela sétima vez em nove partidas no Brasileirão sob o comando do argentino. O fato de ter armado um time muito ofensivo, que nunca havia treinado junto, pegou mal.
Os aliados de Paulo Nobre já elegeram até um nome para substituir Gareca: Dorival Júnior, que foi entrevistado pela diretoria antes de o argentino bater o martelo, em maio.
Ontem, diante da série de telefonemas que atendeu, o presidente chegou a ouvir que este é o momento para a troca, já que o Palmeiras fará quatro decisões seguidas em casa pelo Brasileirão contra rivais diretos — Criciúma, Flamengo, Vitória e Chapecoense — na parte de baixo da tabela.
Multa salgada - Caso ceda à pressão e demita Gareca, o presidente Paulo Nobre terá de gastar R$ 780 mil apenas com a multa pela rescisão do contrato. O valor equivale à metade do que ele teria a receber até o fim do vínculo, em junho de 2015.
O salário do argentino é de 70 mil dólares mensais, ou R$ 156 mil. O presidente palmeirense ainda tem outro motivo para ignorar a pressão pela dispensa de Gareca: os quatro jogadores argentinos indicados por ele. Mouche, Allione, Cristaldo e Tobio custaram R$ 23 milhões.
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