Treinador optou por ser observador sem nem se apresentar ao elenco antes da Copa e ainda faz testes
O Palmeiras anunciou Ricardo Gareca em 21 de maio e deu ao técnico a oportunidade de passar quatro jogos e 11 dias apenas como observador, sem nem precisar se apresentar aos jogadores.
Mais de três meses depois, com oito derrotas em 13 jogos no clube, o argentino ainda fala que precisa conhecer o elenco com o qual pôde trabalhar durante toda a Copa do Mundo.
O treinador usou esse argumento para explicar por que usou Eguren em vez de Renato, titular na última quarta-feira, para preencher o meio-campo durante a derrota para o Inter nesse sábado. “Tenho jogadores. O Eguren é um atleta experiente e o Renato jogou na partida anterior. Assim, tenho a possibilidade de ver os atletas”, comentou.
É a prova da falta de padrão de Gareca no Verdão. Por enquanto, a única repetição é no esquema 4-2-3-1, usado mesmo quando não confiou em nenhum armador, forçando os volantes e zagueiros a buscar atacantes com chutões.
Ninguém consegue arriscar mesmo uma base que o técnico imagina para o time, até porque ele tem optado por treinar pouco e só ver se suas apostas dão certo nos jogos.
“O Palmeiras tem um plantel de 30 e poucos jogadores e conto com todos. Se não pode jogar um, pode jogar o outro. Tenho tranquilidade porque dei confiança a todos os jogadores. Posso ter a oportunidade de ver os atletas até que voltem os machucados”, prosseguiu, fazendo testes em meio à luta contra o rebaixamento no Brasileiro.
Uma necessidade inesperada, já que Gareca teve tempo para ser observador, o período da Copa do Mundo para treinar o time e ainda recebeu Tobio, Allione, Mouche e Cristaldo, quatro argentinos que solicitou e foram incluídos em um elenco que ele pôde acompanhar de perto desde 21 de maio.
Publicamente, os atletas evitam críticas, embora já tenham se mostrado contrariados com a falta de repetição do time. “Todos estão preparados para a oportunidade que está tendo. Não gosto de falar da opção que o treinador tem para ninguém entender nada errado.
Mas quem está entrando está preparado e tentando fazer o máximo pelas vitórias”, desconversou Marcelo Oliveira.
Afastado do elenco mesmo em treinos, dos quais só participa diretamente em raros coletivos, o técnico, internamente, incentiva enquanto pouco comanda trabalhos em campo. “Ele sempre nos passa confiança.
Faz o time entrar em campo motivado falando a verdade, que somos um time de qualidade e que pode fazer uma campanha melhor. É isso que vamos fazer”, prometeu Marcelo Oliveira.
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