Tonhão comenta situação do Palmeiras no Brasileirão
(Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Tonhão conquistou a torcida do Palmeiras no início dos anos 90 pela determinação dentro de campo. Zagueiro de pouca técnica, mas de bastante garra, tornou-se ídolo do clube por essa característica. O que ele esbanjou no passado, acredita que seja fundamental para melhorar a situação do Verdão no presente.
Apesar de o time estar à beira da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, Tonhão não vê o Palmeiras como uma equipe para ser rebaixada à Série B. Segundo ele, o fato de jogadores terem chegado ao alviverde durante o Brasileiro interfere no entrosamento da equipe.
– O problema do Palmeiras hoje é mais conversa. Eles têm que se doar um pelo outro. De resto, vai vir naturalmente. (...) O cara está em um grande time. O cara tem que ter vontade de correr. Não tem motivo para não querer correr. Falta uma cobrança dentro do elenco. Tem que reunir jogadores, comissão técnica e diretoria e eles falarem a mesma palavra.
Eu gostaria de ter a oportunidade de participar de uma roda de conversa dessa. Acho que todo mundo, como o Evair e o Antonio Carlos, queria ter a oportunidade de falar o que é jogar no Palmeiras – afirmou o ex-jogador, durante evento de comemoração ao centenário do clube em Atibaia, interior de São Paulo.
Tonhão relembra que um dos fatores que levou o Palmeiras aos títulos no início dos anos 1990 foi a união do elenco. Com a camisa do clube, conquistou os títulos paulista e brasileiro de 1993 e 1994.
– Todo mundo se doava ao máximo. Existia vaidade, mas a equipe se completou. Fizemos uma família. Passamos mais tempo com o grupo, concentrando e treinando, do que com a própria família. Então, temos que dar valor para isso. Isto sempre precisa ter em mente: Quando ganha um, ganha todo mundo – destacou.
Tonhão ergue a taça do Campeonato Paulista de 1993 (Foto: Vidal Cavalcante / Agência Estado)
Atualmente, Tonhão trabalha como professor em um projeto social da Secretaria de Esportes de Barueri. Com registro no Conselho Regional de Educação Física, tem o desejo de se firmar na carreira de treinador.
– Para você pegar um time, ele precisa ter um projeto. Algo sério. Palmeiras é um sonho. Um tempo atrás, eles nunca contratavam ex-jogadores. Falavam que, se desse emprego para um, teriam que dar emprego para 600 ex-jogadores.
Espero um dia, sim. É um sonho. No que for para ajudar o Palmeiras, em termos de conquista, estou aí para fazer e fazer bem feito. O Palmeiras tem estrutura para que seja feito.
Não só eu não. Tem vários jogadores, como o Evair que é técnico também, que pode assumir uma função quando o Palmeiras precisar. Estamos sempre as ordens – disse.
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