O vandalismo praticado na sede do Avanti, programa de sócio-torcedor do Palmeiras, pode ser mais um episódio que mostra o pulso firme do presidente do clube, Paulo Nobre, contra os benefícios para certas minorias de torcedores. Porém, episódios recentes no futebol brasileiro mostram que o dirigente é um dos poucos que prefere priorizar aquele palmeirense que ajuda o clube, que ama o futebol e não sai de casa para tornar o estádio, o aeroporto, ou o CT de treinamento em uma terra sem lei. Nobre merecia ter mais apoio dos outros presidentes de clubes, federações e, principalmente, da Justiça, que não anda colaborando – vide o caso do juiz que libertou corintianos presos pela invasão ao treino.
O principal argumento que tenho ouvido dos mais exaltados é algo do tipo: “esse torcedor comum não arrisca a vida na linha de frente em um briga contra um grupo rival e não vai a todos os jogos”. Realmente não vai, muitas vezes porque tem trabalho, família e ambições de vida que vão além do que se degladiar com pedações de pau na mão. Por acaso a violência faz parte do esporte e é quesito para medir a paixão?
Qual parte das regras esse grupo de cerca de 50 covardes não entendeu? Chegaram com várias carteirinhas do Avanti tentando comprar mais de um ingresso por pessoa, o que não é permitido. E partiram para a violência após a recusa dos funcionários. Gente que estava apenas trabalhando, coisa que muitos deveriam fazer… enobrece a alma.
A loja tinha circuito de segurança e as filmagens foram entregues à polícia. Muitos que estavam ali podem ser identificados facilmente. Basta querer. Mas não basta se a Justiça não punir.
O que me alivia após mais esse triste episódio é ver que a grande maioria está contra esse monopólio exigido pelas violentas minorias. Não querem mais bandidos infiltrados nas arquibancadas. Já é uma ajuda para Paulo Nobre seguir irredutível, mesmo que sozinho entre os clubes paulistas.
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