[ANÁLISE] Palmeiras flerta com tragédia cinematográfica, mas sobrevive ao River no fim

13/1/2021 08:15

[ANÁLISE] Palmeiras flerta com tragédia cinematográfica, mas sobrevive ao River no fim

[ANÁLISE] Palmeiras flerta com tragédia cinematográfica, mas sobrevive ao River no fim

O 3 a 0 na ida poderia indicar uma tranquila classificação do Palmeiras para a decisão da Copa Libertadores. Porém, do outro lado, havia mais que um simples time, havia cultura de futebol. Um trabalho de mais de meia década, vencedor e poderoso. Não se poderia duvidar do River Plate de Marcelo Gallardo, e o elenco de Abel Ferreira flertou com uma tragédia digna de cinema. No fim, os créditos subiram com o sobrevivente vencedor.



A equipe palestrina resistiu no fim a uma das melhores versões do “Gallardismo” e está na final do principal torneio sul-americano. A obsessão pela segunda glória eterna segue viva, mais do que viva. O Palmeiras não está morto. Nem no ano passado. Nem neste ano.



Quase tudo o que deu certo na ida, na Argentina, deu errado na volta, no Allianz Parque. No espaço de uma semana, Marcelo Gallardo e o River Plate entenderam como superar o Palmeiras de Abel Ferreira, e assim fizeram durante os mais de 100 minutos de bola rolando na arena. Cem minutos que, para o torcedor palmeirense, devem ter durado 100 horas.



O resultado só não foi maior por circunstâncias que fugiram ao controle dos argentinos. Primeiro, antes de entrar em qualquer polêmica, Weverton. Se na ida, anotou um “gol” ao salvar o Palmeiras no início. Na volta, fez alguns “gols” que impediram o River Plate de zerar a vantagem construída pelo alviverde na ida.



Em seguida, o árbitro de vídeo. Todas as decisões acabaram corrigidas de maneira precisa, como a melhor versão exige. A tecnologia, alvo de tantos debates e protagonista até de (inacreditáveis) teorias da conspiração, auxiliou a arbitragem a anular um gol do River Plate por impedimento e a cancelar a marcação de dois pênaltis – o último já nos acréscimos, por posição irregular.



A noite de 12 de janeiro de 2021 está marcada na história do Palmeiras. Nenhum palmeirense vai esquecer o que viveu durante os 90 minutos em que a tragédia anunciada parecia questão de tempo. Mais do que a felicidade, o sentimento deve ser de alívio pelo retorno à final da Libertadores, após duas décadas.



Agora são duas semanas para recompor torcedor, time e comissão técnica. O Palmeiras de Abel Ferreira não é esse dominado completamente pelo River Plate, em momentos que pareciam dois times de rotações diferentes. O susto no fim das contas fica em segundo plano. Há uma sensação de que nada pode ser pior.



Na Libertadores, a cultura do resultado no fim pode pesar mais do que a cultura de um trabalho vencedor, poderoso e impressionante, como o de Gallardo. Na matemática, o Palmeiras fez três gols no River Plate, que respondeu com dois na terça-feira. Isso foi o suficiente para o torcedor alviverde, 20 anos e alguns meses depois, novamente comemorar uma vaga na final da América.





O que deu certo



Podemos pular essa parte. Ou, melhor, individualizar.



Ao contrário da cultura de Abel Ferreira, que geralmente evita comentários individuais sobre o desempenho dos jogadores, procurando analisar o coletivo, a noite de terça-feira teve um ponto positivo: Weverton.



Ter um goleiro de seleção brasileira fez a maior diferença para o Palmeiras. O abraço de Abel Ferreira e o reconhecimento de Gallardo, ambos no fim do jogo, simbolizam o tamanho da noite vivida pelo jogador no Allianz Parque.



O que deu errado



O Palmeiras repetiu a estratégia da ida, com uma defesa de bloco baixo formada por cinco homens (Gabriel Menino na lateral). Porém, dificilmente Marcelo Gallardo cairia na mesma armadilha duas vezes. O confronto no Allianz Parque teve o controle millonario, quase do apito inicial ao final.



O River Plate conseguiu controlar o jogo e achar os espaços mesmo diante dessa estratégia. Pelas laterais, com Montiel e Angileri, os argentinos ameaçaram constantemente uma insegura defesa palmeirense, ainda mais fragilizada com a lesão de Gustavo Gómez.



No fim da partida, o River Plate finalizou 26 vezes, contra 6 do Palmeiras. O River Plate teve 10 escanteios a favor, contra 1 do Palmeiras. Nunca na história desse país (no caso, desde a reinauguração da arena), um clube exerceu tamanho domínio dentro da casa do time alviverde.



Psicologicamente, o Palmeiras aparentemente sofreu. A falta de experiência atacou no momento mais difícil e quase levou a equipe a uma eliminação histórica. O próprio Abel Ferreira admitiu que essa maior “cancha” favoreceu o River Plate na volta.



Cria-se uma casca importante, ainda mais diante de uma final em jogo único contra um antigo algoz continental (Boca Juniors) ou um rival estadual (Santos).



Próximos passos



O Palmeiras sequer terá muito tempo para baixar a guarda e refletir. Embora a decisão da Copa Libertadores esteja agendada para o dia 30, a equipe alviverde possui três compromissos importantes pelo Campeonato Brasileiro, que podem minar (ou retomar) a confiança do time no momento mais decisivo da temporada.



Na sexta-feira, novamente no Allianz Parque, a equipe encara o Grêmio, em uma prévia da decisão da Copa do Brasil. Na segunda-feira, a arena recebe o Dérbi contra o Corinthians. Dia 21, o rival é o Flamengo, adversário direto na disputa por um lugar no G-4.















Palmeiras, Análise, Semifinal, Libertadores



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Alecio Ravanelli     

Obrigado Ewerton

Bem vamos falar assim. Amassamos e fomos amassados. Mas no primeiro jogo fizemos 3 e no segundo tomamos 2. Estamos na final. Espero que na final joguemos so isso joguemos.

O verdso infelismente nao tem um jogador que impoem respeito no momento, so o mello e esta machucado e o gustavo amatelou arrumando ums distensão

Voces nao acham que o Gomes amarelou

Sofremos o time tremeu mesmo, faltou um jogador cascudo q tranquilizasse o time, Danilo e menino foram o exemplo disso e o Abel ñ soube mudar a estratégia dobjogo de volta dai deu nisso....

O cabeça de jumento do milton neces disse q o palmeiras passou por causa do apito e do war ,aquele cabeça de jumento, não passa de um imbecil recalcado!

Roberto Tolin     

Não é só de mulecada que se faz um time vencedor. É preciso mesclar com jogadores experientes. O jogo fe ontem é a prova disso. O único que tentava equilibrar o nervosismo era o Luiz Adriano. Não podemos repetir esse jogo novamente, nem sempre sorte e milagres acontecem. Estamos com sorte de campeão mas tudo tem limite e já abusamos demais.

Adauto Pinto     

Que jogo loco, torcer para que criaram casca e fiquem espertos + ligados no 380 volts

Rudy Silva     

Volto a falar o que falei antes dos dois jogos. O Palmeiras enfrentou o melhor time da America, que é treinado por um dos maiores técnicos do mundo a 6 anos. Uma equipe com exelentes jogadores, entrosada, com padrão de jogo e tatica. E tudo isso só engrandeceu a classificação do Palmeiras.

Danilo Gasparete     

Jogo é assim mesmo, vamos estudar as lições aprendidas com este jogo e procurar melhorar. Vamos forte para final, Avanti Palmeiras

Humberto Marino     

Infelizmente o time amarelou faltou o Felipe Melo com sua experiência para comandar o time. Passamos mais temos que melhorar para sermos campeões

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