O presidente Paulo Nobre concedeu entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta-feira e lamentou a confusão na venda dos ingressos para o clássico de domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro. Segundo o clube, três torcedores ficaram inconformados com a maneira de comercialização dos bilhetes e quebraram a sede do Avanti, na sede social alviverde.
Com apenas 700 ingressos destinados aos palmeirenses, o clube resolveu privilegiar os sócio-torcedores na venda. Os membros mais bem colocados no programa de fidelidade do Avanti teriam prioridade na compra. Os demais ingressos seriam colocados à disposição somente nesta sexta-feira.
– Foram três vândalos que ficaram decepcionados com o fato de poder comprar apenas um ingresso. Eles queriam comprar 90 e mostraram o dinheiro, mas os funcionários falaram que havia uma regra. Depois ameaçaram e falaram que era melhor vender agora do que na sexta. Quando foi negado, eles quebraram a mesa, os computadores e agrediram um funcionário – disse o dirigente.
Paulo Nobre prometeu que atitudes enérgicas serão tomadas, mas evitou falar sobre qualquer envolvimento de membros de torcidas organizadas no ocorrido. O clube rompeu qualquer relação com as facções desde o episódio na Argentina, no ano passado, quando membros da Mancha Alviverde tentaram bater nos atletas no aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires.
– Não estamos aqui tratando do tema torcida organizada. Está sendo apurado quem são os responsáveis e seria leviano dizer que eram membros de organizadas – afirmou.
– Eu não gosto muito do termo fato isolado porque você não dá tanta importância. E o que aconteceu foi muito grave. Não posso afirmar que tenha ligação com a torcida. Prefiro não emitir opinião sobre isso. Estão sendo apurados o fato e, tão logo descubra quem fez, e o motivo, nós vamos tomar uma atitude – completou.
De acordo com o dirigente, os torcedores tinham como objetivo danificar o sistema de venda de ingressos e interromper a comercialização. Assim, todos teriam direitos a adquirir suas entradas nesta sexta-feira.
Com os computadores destruídos, o clube não terá como colocar à disposição da torcida as entradas restantes. Apesar de desconhecer a quantidade exata das entradas que sobraram, o dirigente, que negou que o clube tenha sido roubado, garantiu que o Palmeiras não irá comercializar os bilhetes.
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