Diogo ganha espaço como meia de criação e vira esperança de Dorival

Ainda sem marcar um gol com a camisa do Palmeiras, atacante é a 'solução' do meio de campo para o duelo com o Criciúma, nesta quarta-feira, às 19h30, no Pacaembu

Multi-homem: Diogo aparece em todas as partes do campo. E o gol? (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press)



Juninho de um lado, Leandro do outro e Diogo centralizado. A nova formação do meio de campo ofensivo do Palmeiras será mantida para o confronto desta quarta-feira à noite, às 19h30, com o Criciúma, no Pacaembu, válido pela primeira rodada do segundo turno do Brasileirão. Dorival Júnior quer mais movimentação do trio, mas gostou do que viu no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, no último domingo, na Arena da Baixada.



Elogiado pelo novo treinador, Diogo também aprovou a própria atuação diante do Furacão. O jogador sofreu o pênalti convertido por Henrique, criou chances de gol, caiu pelas pontas e ainda ajudou na marcação. Funções bem diferentes daquelas que exercia no ataque. Mas nada que assuste também. O camisa 17 já atuou como armador no começo da carreira na Portuguesa antes de se firmar como atacante.



Como atacante, aliás, a fase já não é muito boa. Longe disso. Contratado no início deste ano, o jogador realizou 22 jogos (21 atuando no ataque) e ainda não balançou a rede. Jejum incômodo. Porém, nada comparado à má fase do Verdão no Brasileirão. Com apenas 18 pontos, o time ocupa a 16 colocação – mesma pontuação do adversário desta quarta-feira, que está na zona de rebaixamento e tem uma vitória a menos: quatro contra cinco.



– O que mais me incomoda mesmo é a fase ruim do time. Quero ganhar os jogos, seja com gols ou assistências. Isso vai ser bom para mim e para o Palmeiras. Precisamos voltar a vencer na competição – declarou Diogo, em entrevista ao LANCE!Net.



Agora, com a nova posição em campo, o jogador pretende dar a volta por cima e colocar uma dúvida na cabeça de Dorival, que em breve contará com os retornos dos lesionados Allione e Valdivia. Ele quer contribuir com assistências e, se possível, desencantar e balançar a rede pela primeira vez com a camisa alviverde. Chegou a hora de marcar um gol e também ajudar a garantir uma vitória atuando em casa?



– Eu tenho um bom passe para ajudar o Henrique ou fazer uma tabela com o pessoal do meio. Mas essa minha nova função também me obriga a finalizar. Vou passar e finalizar bastante agora – afirmou.



– A gente encara o jogo contra o Criciúma como uma grande chance para encontrar o caminho da vitória. Jogamos melhor contra o Atlético-PR, mas não vencemos. O Dorival cobrou melhora no setor do meio. A gente estava dando espaço. Ele pediu mais compactação para evitar a criação do rival. Esperamos acertar isso e conquistar a vitória em cima do Criciúma – complementou.



Seja como meia ou atacante, Diogo precisa seguir crescendo. E o Palmeiras precisa dele neste momento de mudanças na equipe titular.



BATE-BOLA - DIOGO



Você jogou como meia na Portuguesa. Como você analisa a fase de readaptação? Precisa melhorar?

Preciso melhorar sempre. Gostei bastante do meu último jogo (empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, na Arena da Baixada), mas o Dorival Júnior tem pedido bastante movimentação para o novo trio do meio. Ele quer uma maior movimentação minha, do Leandro e do Juninho. Nem sempre eu tenho que ficar parado no meio. Preciso trocar posição com o Juninho e com o Leandro também.



Você, Leandro e Juninho já estão se entendendo dentro de campo?

Falta um pouco de entrosamento. Contra o Atlético-PR, por exemplo, foi o nosso primeiro jogo juntos nessa linha de três. Fizemos um bom jogo. E vamos melhorar ainda mais.



Quem é o mais criativo?

Pô, os três (risos). Não dá para saber qual é o mais criativo do meio, mas colocaria os três, com certeza.



Mas quem pode assumir o papel de “camisa 10” do time?

Olha, o camisa 10 a gente já tem, é o Valdivia. Mas nós três temos a obrigação de ajudar na criação.



Valdivia pode temer a concorrência do novo trio de armadores?

O Valdivia é um grande jogador. Ele voltando será muito bom para todos. O time conta bastante com ele, mas a gente vai brigar pelo nosso espaço.



Você, como atacante, está acostumado a fazer gols. Qual é a sensação de dar uma assistência?

Pô, a sensação é de felicidade, principalmente quando você dá uma assistência e o time ganha. Mas fazer gol também é muito bom.



O Dorival conversou bastante contigo sobre a sua nova função?

Ele conversou um pouco comigo. Ele, basicamente, pediu essa troca de posição com Juninho e Leandro. Ele não quer que eu fique parado.

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