Na mais recente audiência do processo de arbitragem que analisa o contrato com a WTorre, o Palmeiras entrou com um pedido de liminar para impedir que a construtora faça qualquer evento comercial no Allianz Parque enquanto as pendências não estiverem resolvidas.
Além disso, exige que sejam apresentados memoriais descritivos de tudo o que foi feito nas obras.
De acordo com pessoas ligadas ao clube, a impossibilidade de realizar eventos durante a discussão está prevista em contrato, mas a construtora ameaçava ignorá-la.
Se a liminar for concedida, o show de Paul McCartney, que negocia para tocar em novembro, não poderá ser realizado na arena.
O jogo contra o Atlético-MG, em 8 de novembro, previsto pela construtora como o primeiro no local, também não. O descumprimento dessa determinação causaria multa à WTorre.
Paulo Remy, CEO da empresa, reuniu-se com Paulo Nobre recentemente em busca de um acordo temporário. O presidente recusou: se houver acordo, quer que seja definitivo, encerrando de vez a briga (a WTorre quer vender todos os 43.700 assentos; o clube diz que só 10 mil são dela).
O Palmeiras considera que, com a liminar, pode mostrar à WTorre que não vale a pena continuar na disputa, forçando um entendimento definitivo.
O clube montou um grande dossiê para provar sua tese e já o apresentou aos três árbitros responsáveis pelo caso. Pessoas ouvidas pelo LANCE!Net dizem que o material apresentado pela construtora é muito menos consistente.
Caso não haja entendimento, o estádio só poderá ser usado para shows e jogos após o parecer da arbitragem, que pode demorar mais um ano.
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