Apesar de o estado viver o momento mais crítico da epidemia de Covid-19, o Governo de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol ainda não discutem a possibilidade de paralisação do Campeonato Paulista, com a terceira rodada prevista para o final de semana.
Na última terça-feira, São Paulo registrou o recorde no número diário de mortes causadas pela doença, com 468 óbitos. Desde o início da pandemia, 60.694 pessoas morreram no estado por causa do coronavírus, número suficiente para lotar o estádio do Morumbi, o maior da capital.
Nesta semana, o governador João Dória endureceu as medidas de restrição em São Paulo, com todo o estado regredindo para a fase vermelha do Plano São Paulo a partir de sábado – isso significa que apenas atividades essenciais, como mercados e farmácias, podem funcionar.
Segundo dados atualizados nesta quinta-feira, a taxa de ocupação de leitos para Covid em São Paulo é de 77,4% para UTI e 59,6% em enfermaria. Nas regiões de Araraquara, Bauru e Presidente Prudente, há mais de 90% de ocupação nas UTIs.
Ainda assim, não se discutiu a possibilidade de interromper a disputa do Campeonato Paulista.
Na Federação, o entendimento é de que o protocolo apresentado pela entidade e aprovado pelo governo estadual é uma garantia de que o torneio não corre risco. O documento prevê medidas de prevenção, com a realização de testes semanais.
O Corinthians teve um surto às vésperas do clássico contra o Palmeiras, disputado na última quarta-feira. Oito jogadores foram identificados com a doença, além de membros da comissão técnica.
Não há, na entidade, a intenção de interromper a disputa. A não ser que haja determinação de órgãos públicos.
Em entrevista coletiva na última quarta-feira, José Medina, do Centro de Contingência do governo paulista, usou exemplo de campeonatos europeus para justificar a manutenção dos jogos:
– Até esse momento, vai seguir o mesmo modelo da Europa, com vários países que instituíram lockdown e mantiveram a atividade de futebol, atividade esportiva sem plateia. Até o momento, a decisão é manter as atividades, como vem seguido em Portugal, Inglaterra, Estados Unidos, onde essa atividade, bastante controlada, foi mantida, até porque a população precisa de algum tipo de diversão, de entretenimento durante esse período tão duro.
Em 2020, a circulação do vírus por São Paulo fez com que o Campeonato Paulista fosse paralisado no dia 16 de março após 10 rodadas disputadas. Àquela altura, o estado havia registrado 152 casos confirmados. A primeira morte foi divulgada pelo governo no dia seguinte.
O torneio só foi retomado no final de julho, com a disputa de todos os jogos programados, mas sem a presença de torcedores, o que se mantém até hoje. A pandemia empurrou o calendário de 2020 até 2021, com o Brasileiro tendo sido disputado até o dia 25 de fevereiro.
Em Santa Catarina, o torneio estadual foi interrompido nesta quinta-feira, com a proibição da realização de partidas por 15 dias – no estado, a taxa de ocupação de UTIs para Covid-19 passou de 99%.
No Ceará, a determinação de um lockdown em Fortaleza fez com que o governo do Estado suspendesse partidas do Cearense na capital – mas liberou jogos da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste. Há negociação para que cidades com menos restrições recebam jogos que estavam previstos para Fortaleza.
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Que protocolo é esse ,que teve jogador do Gamba jogando contaminado ?