Um capitão.
O primeiro.
Um gesto.
O primeiro.
A primeira taça.
Eterna.
Uma estátua.
Pra sempre no Maracanã.
Não era elegante como Mauro, o segundo capitão mundial, o Marta Rocha.
Mas era belo como um jogador de futebol não era na época.
Não era craque. Era duro como se pedia a um zagueiro.
Era capitão e líder. Era campeão pelo Vasco. Nem tanto pelo São Paulo que construía o Morumbi. Mas é ele que é referência no maior do mundo. Ele que virou exemplo de como erguer a taça de campeão em Rasunda. Ele que é ponto de encontro no estádio carioca, como lembra o amigo Marvio.
Ele é Bellini. Hideraldo Luis. Nome próprio e único. Sobrenome de pompa e circunstância. Becão nem sempre com muitos modos. Mas campeão em 1958. Bi no banco em 1962.
Um dos 14 que foram bis. Para poucos.
Um dos cinco capitães campeões do mundo. Para ainda menos que foram mais.
Um que foi perdendo a memória com os anos. Triste doença que, por vezes, fazia com que ele quisesse, nos últimos anos, voltar a campo.
Como se ele precisasse retornar para ser lembrado.
Bellini, o Brasil não tem muita memória. Mas a sua, mesmo que falhando nos últimos anos, essa não esquecemos.
Um brinde a Bellini.
Ergamos alto as nossas taças nas saudações em casa e nos bares.
O capitão com nome de bebida merece.
4230 visitas - Fonte: LanceNet!